ANDRES ELOY BLANCO (Venezuela)
LA RENUNCIA
he renunciado a ti. No era posible
Fueron vapores de la fantasia
Son ficciones que a veces dan a la innacesible
Una proximidad de lejania
Yo me quede mirando como el rio se iba
Poniendo encinta de la estrella
Hundo mis manos locas hacia ella
Y supe que la estrella estaba arriba
He renunciado a ti, serenamente,
Como renuncia a Dios el delincuente;
He renunciado a ti como el mendigo
Que no se deja ver del viejo amigo
Como el marino que renuncia al puerto
Y el buque errante que renuncia al faro
Y como el ciego junto al libro abierto
Y el niño pobre ante el juguete caro
He renunciado a ti, y a cada instante
Renunciamos un poco de lo que antes quisimos
Y al final, ¡cuantas veces el anhelo menguante
Pide un pedazo de lo que antes fuimos!
LA RENUNCIA
Eu renunciei a ti, não foi possível
Foram vapores da fantasia
São ficções que às vezes
Dão o inacessível
Uma proximidade a uma distância
Eu fiquei a olhar como o rio se ia
Ao engravidar da estrela
Afundei minhas mãos loucas em direção a ela
E soube que a estrela estava acima
Renunciei de ti, serenamente, como deus renuncia o delinquente
Renunciei de ti como o mendigo
Que não se deixa ver pelo velho amigo
Como o marinheiro renuncia ao porto
E o navio errante que renuncia ao farol
E como o cego ao lado do livro aberto
E a criança pobre a olhar o brinquedo caro
Renunciei de ti, a cada instante
Renunciamos um pouco do que antes queríamos
E no final, ¡quantas vezes o anseio minguante
Pede um pouco do que antes tínhamos!
Poema escolhido e traduzido por Jesus Molina (Venezuela). 12ºD
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