terça-feira, 4 de maio de 2021

Dia Mundial da Língua Portuguesa

 


ANDRES ELOY BLANCO (Venezuela)

LA RENUNCIA 

he renunciado a ti. No era posible

Fueron vapores de la fantasia 

Son ficciones que a veces dan a la innacesible

Una proximidad de lejania

Yo me quede mirando como el rio se iba

Poniendo encinta de la estrella

Hundo mis manos locas hacia ella

Y supe que la estrella estaba arriba

He renunciado a ti, serenamente,

Como renuncia a Dios el delincuente; 

He renunciado a ti como el mendigo

Que no se deja ver del viejo amigo

Como el marino que renuncia al puerto

Y el buque errante que renuncia al faro

Y como el ciego junto al libro abierto

Y el niño pobre ante el juguete caro

He renunciado a ti, y a cada instante

Renunciamos un poco de lo que antes quisimos

Y al final, ¡cuantas veces el anhelo menguante

Pide un pedazo de lo que antes fuimos!


LA RENUNCIA 

Eu renunciei a ti, não foi possível

Foram vapores da fantasia

São ficções que às vezes 

Dão o inacessível

Uma proximidade a uma distância 

Eu fiquei a olhar como o rio se ia

Ao engravidar da estrela

Afundei minhas mãos loucas em direção a ela 

E soube que a estrela estava acima

Renunciei de ti, serenamente, como deus renuncia o delinquente

Renunciei de ti como o mendigo 

Que não se deixa ver pelo velho amigo

Como o marinheiro renuncia ao porto

E o navio errante que renuncia ao farol

E como o cego ao lado do livro aberto

E a criança pobre a olhar o brinquedo caro


Renunciei de ti, a cada instante

Renunciamos um pouco do que antes queríamos

E no final, ¡quantas vezes o anseio minguante

Pede um pouco do que antes tínhamos!

Poema escolhido e traduzido por Jesus Molina (Venezuela). 12ºD

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