Neste Destaque ONU News apresentado por Eleutério Guevane, acompanhe a corrida global por mais de US$ 8 bilhões em busca de uma vacina, meios de diagnóstico e tratamento da covid-19; E vc vai conhecer o Dia Mundial da Língua Portuguesa neste 5 de maio.
País ocupa presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp; Unesco oficializou 5 de maio como Dia Mundial do idioma, na segunda-feira.
Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura anunciou decisão nesta segunda-feira em sua sede em Paris; primeiro-ministro de Portugal, António Costa, compareceu à agência da ONU acompanhado de outros membros do governo.
Neste #DestaqueONUNews, as últimas notícias sobre o conflito no Iêmen, especialistas do Fundo Monetário Internacional dizem que sem dinheiro não será possível cumprir a Agenda 2030.
O Dia Mundial da Língua Portuguesa é celebrado nesta sexta-feira, 5 de maio. Mais de 260 milhões de pessoas ao redor do mundo falam o idioma em quatro continentes: África, Américas, Ásia e Europa.
"Olá a todos. Daqui Dino d' Santiago e é com enorme prazer que celebro este dia 5 de maio, o Dia Mundial da Língua Portuguesa". Foi através de uma apresentação em vídeo que Dino d'Santiago se associou às celebrações do primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa. A data, 5 de maio, tinha já sido oficializada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A iniciativa resulta de uma parceria entre o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a representação portuguesa na UNESCO, a ONUNews e a RTP Esta terça-feira, o cantor e compositor português de ascendência cabo-verdiana juntou-se um conjunto de personalidades lusófonas de diferentes áreas que recorreram à internet para assinalar a conquista de um espaço próprio para o português no calendário internacional.
A proclamação do dia 5 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa é um justo reconhecimento da sua relevância global, ela própria uma afirmação de diversidade, a língua portuguesa vai-se construindo no dia-a-dia de vários povos de todos os continentes, num constante enriquecimento da sua multiculturalidade
António Guterres
Secretário-geral da Organização das Nações Unidas
Chamam-lhe a língua de Camões, mas é hoje propriedade de 265 milhões de pessoas. De lá para cá, nas palavras do próprio poeta, o português tem vindo a mostrar novos mundos ao mundo e é hoje língua-mãe de nove países e o quarto idioma mais falado à escala global. Estima-se que até ao final do século XXI haja no mundo 500 milhões de falantes de português.
Brás Cubas é um homem rico e solteiro que, depois de morto, resolve dedicar-se à tarefa de narrar sua própria vida. Dessa perspetiva, emite opiniões sem se preocupar com o julgamento que os vivos possam fazer dele. Da sua infância, regista apenas o contato com um colega de escola, Quincas Borba, e o comportamento de menino endiabrado que o fazia maltratar o escravo Prudêncio e atrapalhar os amores adúlteros de uma amiga da família, D. Eusébia. Da juventude, resgata o envolvimento com uma prostituta de luxo, Marcela. Depois de regressar de uma temporada de estudos na Europa, vive uma existência de moço rico, despreocupado e fútil. Conhece a filha de D. Eusébia, Eugénia, e despreza-a por ser coxa. Envolve-se com Virgília, uma namorada da juventude, agora casada com o político Lobo Neves. O adultério dura muitos anos e desfaz-se de maneira fria. Brás ainda se aproxima de Nhã Loló, parenta de seu cunhado Cotrim, mas a morte da rapariga interrompe o projeto de casamento. Desse ponto até o fim da vida, Brás dedica-se à carreira política, que exerce sem talento, e a ações beneficentes, que pratica sem nenhuma paixão. O balanço final, tão melancólico quanto a própria existência, arremata a narrativa de forma pessimista: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Quando se pensa na lírica camoniana, é preciso lembrar que o escritor vivenciou a época clássica da literatura portuguesa, marcada pelo regresso ao país, em 1526, do poeta Sá de Miranda. De Itália, ele trouxe o soneto, forma racionalista de interpretar o mundo em 14 versos. Isto dá-se no contexto do Renascimento, caraterizado pela ascensão da burguesia ao poder, por progressos técnicos e científicos, como a imprensa, os descobrimentos portugueses e espanhóis e a busca de novos limites para o pensamento que ultrapassassem a cultura medieval e pela tradição religiosa. Em Camões convivem dois mundos: a poética tradicional e o estilo renascentista. A primeira está ligada a formas poéticas tradicionais como cantigas, vilancetes e trovas, com o uso da chamada medida velha (redondilha menor e maior, respetivamente com cinco ou sete sílabas métricas) e temas tradicionais populares. É o caso da menina que vai à fonte e abordagens do amor ligadas à saudade.