quinta-feira, 7 de maio de 2020

(Anti)Calamidade
Leia

Memórias póstumas de Brás Cubas
https://youtu.be/5ZiZ5I8wjUs

Brás Cubas é um homem rico e solteiro que, depois de morto, resolve dedicar-se à tarefa de narrar sua própria vida. Dessa perspetiva, emite opiniões sem se preocupar com o julgamento que os vivos possam fazer dele. Da sua infância, regista apenas o contato com um colega de escola, Quincas Borba, e o comportamento de menino endiabrado que o fazia maltratar o escravo Prudêncio e atrapalhar os amores adúlteros de uma amiga da família, D. Eusébia. Da juventude, resgata o envolvimento com uma prostituta de luxo, Marcela.
Depois de regressar de uma temporada de estudos na Europa, vive uma existência de moço rico, despreocupado e fútil. Conhece a filha de D. Eusébia, Eugénia, e despreza-a por ser coxa. Envolve-se com Virgília, uma namorada da juventude, agora casada com o político Lobo Neves. O adultério dura muitos anos e desfaz-se de maneira fria. Brás ainda se aproxima de Nhã Loló, parenta de seu cunhado Cotrim, mas a morte da rapariga interrompe o projeto de casamento.
Desse ponto até o fim da vida, Brás dedica-se à carreira política, que exerce sem talento, e a ações beneficentes, que pratica sem nenhuma paixão. O balanço final, tão melancólico quanto a própria existência, arremata a narrativa de forma pessimista: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
 Veja... sff.
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