(Anti)Calamidade
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Quando se pensa na lírica camoniana, é preciso lembrar que o escritor vivenciou a época clássica da literatura portuguesa, marcada pelo regresso ao país, em 1526, do poeta Sá de Miranda. De Itália, ele trouxe o soneto, forma racionalista de interpretar o mundo em 14 versos. Isto dá-se no contexto do Renascimento, caraterizado pela ascensão da burguesia ao poder, por progressos técnicos e científicos, como a imprensa, os descobrimentos portugueses e espanhóis e a busca de novos limites para o pensamento que ultrapassassem a cultura medieval e pela tradição religiosa. Em Camões convivem dois mundos: a poética tradicional e o estilo renascentista. A primeira está ligada a formas poéticas tradicionais como cantigas, vilancetes e trovas, com o uso da chamada medida velha (redondilha menor e maior, respetivamente com cinco ou sete sílabas métricas) e temas tradicionais populares. É o caso da menina que vai à fonte e abordagens do amor ligadas à saudade.
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