Mão Morta | No Fim era o Frio
31 de outubro de 2019
ESTREIA A SUL DO NOVO DISCO
"No Fim Era o Frio" apresenta-se como uma narrativa distópica onde conceitos como aquecimento global ou subida das águas do mar servem de ponto de partida e cenário para um questionar e decompor de diferentes paradigmas do quotidiano.
São paradigmas que nos rodeiam e com os quais nos relacionamos e que todos os dias replicamos criando com eles uma familiaridade tal que nos impede, muitas vezes, de deles tomar verdadeira consciência, desviados para um outro enquadramento onde a familiaridade ganha a estranheza que permite a sua perceção.
Mas esta é uma perceção demencial, num horizonte ficcional que nunca sabemos se é real ou delirante e onde as composições criadas com os padrões deslocalizados da sua primitiva função dão novas vidas e leituras ao frio cosmológico e à solidão humana, aqui ecos de uma mesma inadaptação existencial e vazio afetivo.
Ao vivo, na apresentação do disco, os Mão Morta recriam a distopia, dando espaço para o palco funcionar como terreiro dessa demanda de calor humano, um terreiro devastado pelo fim da civilização e pelo níveo alvor de um novo recomeço, sem outro programa para além do mantra hipnótico tecido pela música.
Letras de Adolfo Luxúria Canibal
Músicas de Miguel Pedro Guimarães e António Rafael Machado
Adolfo Luxúria Canibal: voz / António Rafael Machado: teclado e guitarra / Vasco Vaz: guitarra / Pedro Costa: guitarra / Joana Longobardi: baixo elétrico / Miguel Pedro Guimarães: bateria
Duração: 90 minutos (com intervalo)
Org.: Câmara Muncipal de Loulé / Cine-Teatro Louletano
· Sala de espetáculos
· 21:30
· 12 € / 10 € para maiores de 65 e menores de 30 anos [Cartão de Amigo aplicável]
· M/6
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