editorial-297
Segunda, 28 Setembro 2015 | Visto - 6292
Regras e castigos
Antes de dormir, lavamos os dentes”!”, “À mesa não se canta!”, “É muito feio mentir!”, “Está na hora de ir para a cama!”, “Gomas só em dias de festa”, “Não se joga à bola em casa!”, “Os brinquedos arrumam-se no fim!”, “Os bróculos também são para comer!”, “Quando pedimos, dizemos ‘por favor’, quando nos dão dizemos ‘obrigado’”…
Cada um, no seu tom e jeito, dita e incute aos filhos um conjunto de princípios que, de modo mais ou menos subtil, acaba por lhes moldar os gestos e os pensamentos. Fruto de valores que recebemos ou que apadrinhamos, passamos-lhes assim os modos e alicerces que lhes irão ditar (grande parte da) personalidade e do ser.
Dizem os estudiosos que quanto mais cedo e consistente o fizermos, melhor. E que as regras ajudam as crianças a crescer mais seguras, confiantes, cooperantes… e felizes. Mas avisam também que o excesso de autoridade, à semelhança da permissividade, tem o mesmo efeito. Ou seja, pais autoritários e pais permissivos acabam por gerar crianças inseguras e com fraca autoestima.
Cada um, no seu tom e jeito, dita e incute aos filhos um conjunto de princípios que, de modo mais ou menos subtil, acaba por lhes moldar os gestos e os pensamentos. Fruto de valores que recebemos ou que apadrinhamos, passamos-lhes assim os modos e alicerces que lhes irão ditar (grande parte da) personalidade e do ser.
Dizem os estudiosos que quanto mais cedo e consistente o fizermos, melhor. E que as regras ajudam as crianças a crescer mais seguras, confiantes, cooperantes… e felizes. Mas avisam também que o excesso de autoridade, à semelhança da permissividade, tem o mesmo efeito. Ou seja, pais autoritários e pais permissivos acabam por gerar crianças inseguras e com fraca autoestima.
Por isso, como em tudo na vida, também aqui há que ter bom senso, não exagerar e, se necessário, flexibilizar. E encontrar a melhor forma de comunicar (e convencer) os nossos filhos a obedecer-nos e, sobretudo, a acreditar naquelas regras e normas.
Da mesma forma, talvez seja bom repensar algumas formas de os repreender ou punir. É que, provavelmente, mandá-los para o canto do quarto pensar naquilo que fizeram ou privá-los de um mês de televisão talvez não sejam os melhores métodos para lhes fazer ver a razão.
O psiquiatra Daniel Siegle, que acaba de escrever “Disciplina sem Dramas”, diz, em entrevista publicada nesta edição, que “é preferível ser um pai-professor do que um pai guarda-prisional” e que um excesso de castigos pode “entorpecer” a relação com os filhos ou mesmo ter um impacto no seu desenvolvimento cerebral. Mas também lembra que “não existe uma varinha mágica”…
Da mesma forma, talvez seja bom repensar algumas formas de os repreender ou punir. É que, provavelmente, mandá-los para o canto do quarto pensar naquilo que fizeram ou privá-los de um mês de televisão talvez não sejam os melhores métodos para lhes fazer ver a razão.
O psiquiatra Daniel Siegle, que acaba de escrever “Disciplina sem Dramas”, diz, em entrevista publicada nesta edição, que “é preferível ser um pai-professor do que um pai guarda-prisional” e que um excesso de castigos pode “entorpecer” a relação com os filhos ou mesmo ter um impacto no seu desenvolvimento cerebral. Mas também lembra que “não existe uma varinha mágica”…
A verdade é que, nestas coisas de educar e, em particular, de incutir regras e aplicar castigos, não devemos apregoar certezas absolutas. Porque os “contextos” são cada vez mais incertos e desconhecidos, porque cada criança é única e sobretudo porque os pais, por mais bem intencionados e informados, também duvidam e falham (quantas vezes não deixamos escapar uns berros, fazemos “orelha moucas” a respostas tortas ou nos arrependemos do peso do castigo?).
Mas não há que dramatizar. Ninguém é perfeito. E também nós, pais, quando vacilamos, erramos ou mentimos aos nossos filhos, estamos a aprender. Afinal, a educação, mais que uma ciência, é uma arte... inacabada.
Mas não há que dramatizar. Ninguém é perfeito. E também nós, pais, quando vacilamos, erramos ou mentimos aos nossos filhos, estamos a aprender. Afinal, a educação, mais que uma ciência, é uma arte... inacabada.
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