quinta-feira, 12 de novembro de 2015

CONCURSOS

PARTICIPA
28.10.15
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O concurso Chef Fish desafia as escolas a elaborar receitas de produtos do mar, ajudando os alunos, enquanto consumidores, a fazer escolhas sustentáveis em prol do respeito pelo Oceano e seus recursos.

A DECOJovem, convida todas as escolas do país a refletir sobre a temática da alimentação com atividades de sensibilização e informação lúdico-pedagógicas.
Este ano letivo, todos os alunos desde o 1.º ciclo do ensino básico ao ensino secundário/profissional poderão participar no Concurso Chef Fish.
Para participar neste concurso, os alunos, com a ajuda dos seus professores, deverão constituir equipas e produzir vídeos com receitas culinárias de pescado originais, com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar e consequentemente as suas famílias, para a adoção de comportamentos mais sustentáveis, na escolha e consumo do pescado, em prol do respeito e preservação do Oceano e dos seus recursos.
Como material de apoio ao concurso, os professores terão, ainda, disponível no site da DECOJovem, o E-book Chef Fish, com informação útil sobre Literacia dos Oceanos e dicas importantes para os consumidores, tais como: a importância da escolha de peixe sustentável; o pescado preferido dos portugueses com referência à disponibilidade dos stocks marinhos; como escolher o melhor pescado e como o conservar; nova rotulagem de produtos de pescado; e a importância de comer peixe para uma alimentação saudável e equilibrada.

Produzir vídeos com receitas culinárias de pescado, revelando escolhas saudáveis e sustentáveis, no consumo de produtos do mar

Quem pode concorrer?

Estão definidos 3 escalões de participantes (sempre acompanhados com um professor responsável):
  • Escalão A – equipas de 3 alunos do 1.º CEB
  • Escalão B – equipas de 3 alunos do 2.º e 3.º CEB e cursos vocacionais
  • Escalão C – equipas de 3 alunos do ensino secundário e vias profissionalizantes
É possível a participação de várias equipas da mesma escola, podendo um mesmo professor inscrever-se com mais do que uma equipa.
Antes de inscrever as equipas no concurso, o professor deverá verificar se a sua escola pertence à rede de escolas DECOJovem.
Se ainda, não é escola DECOJovem, descubra como aderir.

Antes de concorrer deve ler com atenção o regulamento do concurso disponibilizado para a comunidade escolar, que contém toda a informação completa. Mas para já deixamos aqui os principais tópicos.

Como concorrer?

O Professor Responsável da equipa deverá:
  1.  Aceder e descobrir os conteúdos dos sites Conhecer o Oceano e Kit do Mar, para compreender melhor a estratégia e a abordagem de promoção do pescado na alimentação saudável.
  2. Aceder ao Concurso Chef Fish na plataforma escolas.decojovem.pt e iniciar sessão com username e password. Caso não tenha os dados de acesso, terá de registar primeiro a sua escola na DECOJovem
  3. Adicionar a(s) equipa(s), identificando os seus elementos, em Equipas  (até 7 dezembro 2015)
  4. Preencher a Ficha de Projeto, em Participaçõesindicando nome do vídeo, equipa, resumo do vídeo, meios de divulgação  (até 7 dezembro 2015)
  5. Produzir o vídeo da receita culinária com produtos do mar, cumprindo os seguintes passos:
    1. O vídeo deve conter a preparação, confeção e empratamento de uma receita com produtos do mar (peixe, marisco, moluscos, etc.);
    2. No início do vídeo deve constar, obrigatoriamente, o template de vídeo do Concurso Chef Fish;
    3. Após a confeção da receita, deve constar obrigatoriamente uma frase alusiva ao site Conhecer o Oceano referido no E-book Chef Fish;
    4. No final do vídeo deve constar obrigatoriamente a ficha técnica da equipa, com: identificação da escola, equipa, professor responsável, alunos e escalão;
    5. O vídeo deve ter a duração máxima de 3:00 Minutos;
    6. É obrigatório que todos os alunos apareçam no vídeo culinário;
    7. No vídeo, é obrigatório que os alunos refiram se a sua escolha de pescado é sustentável e a  importância de consumir pescado para uma alimentação saudável.
  6. Publicar o vídeo no YouTube. Aquando da publicação deverão ativar a legendagem do vídeo para a língua inglesa (também, poderão criar as suas próprias legendas no Youtube) e como PÚBLICO;
  7. Aceder à Ficha de Projeto de cada vídeo, em Participações, e colocar o Link do YouTube;
  8. Submeter o vídeo a Concurso;  (até 8 fevereiro 2016)
  9. Os vídeos aprovados pela DECO ficarão visíveis para visualização na Galeria de Vídeos do concurso. Será possível aos utilizadores do site atribuir “gostos” e promover a partilha dos vídeos pelo Facebook e Twitter;
  10. A avaliação do júri do concurso decorrerá na semana de 8 a 12 de março de 2016 e os vencedores serão anunciados a 15 de março de 2016 – Dia Mundial do Consumidor.

Prémios

Por cada escalão do concurso, cada professor responsável e cada aluno das equipas vencedoras receberão uma action cam com capacidade de gravação debaixo de água.

Material de apoio

Além da visita ao site Conhecer o Oceano e Kit do Mar, para conhecerem melhor as estratégias definidas na promoção e conservação do pescado, os professores têm disponível o E-book Chef Fish, com informação útil sobre Literacia dos Oceanos e dicas importantes para os consumidores de pescado, tais como a importância da escolha de peixe sustentável; a disponibilidade dos stocks populacionais de pescado mais comercializado em Portugal; como escolher o melhor pescado e como o conservar; nova rotulagem de produtos de pescado e a importância de comer peixe para uma alimentação saudável e equilibrada.

Para a participação e divulgação do concurso, faça o download dos materiais.

Para consulta do Regulamento aceda ao site: http://decojovem.pt/alimentacao/concurso-chef-fish/

CONCURSOS

PARTICIPA
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Os alunos podem celebrar a chegada de "O Principezinho" ao grande ecrã. Neste sentido está em curso uma actividade multidisciplinar, onde se procura utilizar as valências nas áreas de português e artes para estimular a imaginação dos alunos e premiá-los. 


A actividade baseia-se na elaboração de contos curtos ilustrados pelos alunos, onde descrevam o seu encontro com o Principezinho. Todos os trabalhos terão de ser entregues até ao final de Novembro de 2015. 

REGULAMENTO
1. A Pris Audiovisuais organiza este passatempo de escrita criativa e ilustração de acordo com
este Regulamento.
2. Podem participar no Passatempo todos os alunos, de ambos os sexos, até aos 19 anos, que
tenham residência legal em território português com a exceção de qualquer membro,
empregada ou colaborador direto das entidades organizadoras ou outras pessoas que tenham
relação com a organização do Passatempo e/ou seus familiares em primeiro grau. Só é possível
uma participação por pessoa/equipa.
3. A participação pode ocorrer individualmente ou em turma. O trabalho da participação
individual deverá ser entregue até 27 de Dezembro 2015. A participação em turma deverá ser
entregue até 31 Novembro 2015.
4. A participação será de caráter gratuito e ao participar no Passatempo será requisito
imprescindível indicar o(s) nome(s), e-mail(s) e número de telefone do participante ou de um
dos seus pais ou representantes legais.
5. Os participantes menores de idade deverão ter o consentimento dos seus pais ou
representantes legais para participar no Passatempo. Os pais ou representantes legais poderão
cancelar a qualquer momento a participação no Passatempo, mediante o envio de uma carta à
JanKenPon para a seguinte morada: JANKENPON, Rua Rocha Santos 1, 1900-394 Lisboa (Ref.ª
“PASSATEMPO O PRINCIPEZINHO)
6. Os vencedores, os seus pais ou representantes legais no caso de estes serem menores de
idade, dão, mediante a aceitação deste Regulamento, o seu consentimento para que a
organização do passatempo possa utilizar o seu nome para ações que estejam relacionadas
com o Passatempo, com a sua promoção e/ou publicidade em qualquer meio.
7. A participação será considerada válida mediante a entrega de um trabalho de escrita criativa
e ilustração a partir da frase “Um dia encontrei o Principezinho e ele pediu-me para desenhar
uma ovelha...” para o e-mail passatempo.o.principezinho@gmail.com
8. Cada trabalho deve ser constituído por: duas páginas de composição escrita com o relato do
que aconteceria se o aluno ou a turma encontrassem o principezinho num dia; e uma
ilustração a representar a narrativa.
9. Os trabalhos devem ser entregues por e-mail e no corpo do mail é obrigatório incluir os
seguintes elementos: resumo da história, nome do(s) concorrentes(s), contacto telefónico e de
e-mail do responsável de educação (no caso de participação de turma, o contacto deverá ser
do professor responsável), identificação da escola.
10. Um júri formado por representantes selecionados pelas entidades organizadoras fará a
seleção das duas obras vencedoras, respetivamente para o Prémio de Turma e o Prémio
Familiar (daqui em diante designados como “Vencedores”).
11. Os pais ou representantes legais das participantes dão, mediante a aceitação deste
Regulamento, o seu consentimento expresso para publicar junto das comunicações deste
concurso, o nome completo dos Vencedores, a sua naturalidade e idade, assim como o
trabalho em si.
12. Os prémios serão obrigatoriamente atribuídos (sendo a exceção se o Passatempo não tiver
quaisquer participantes ou se for cancelado) ao vencedor escolhido e serão escolhidos 3
suplentes para o caso de não ser possível contactar os Vencedores, ou se estes rejeitarem o
seu prémio.
13. A organização entrará em contacto por e-mail com o(s) Vencedore(s) ou com um dos seus
pais ou representantes legais, no caso de este ser menor de idade, para informar da sua
condição de Vencedor e para dar todos os detalhes relativos à entrega do prémio.
14. Se não for possível contactar com o(s) Vencedor(es) ou com um dos seus pais ou
representantes legais num prazo de 48 horas, será determinado que o(s) Vencedor(es) não
cumpre os requisitos de participação. Se o(s) Vencedor(es) não cumprir com algumas das
condições presentes neste Regulamento, se não aceitar apresentar a documentação
correspondente, ou rejeitar o prémio, perderá qualquer direito sobre o mesmo, o qual será
atribuído aos primeiros Suplentes.
15. Para obter a condição de Vencedor, será requisito indispensável que apresente a fotocópia
do respetivo documento de identificação ou outro documento válido. No caso dos Vencedores
serem menores de idade e não disporem de documento de identificação ou outro documento
válido, os pais ou tutores legais do mesmo poderão ser os beneficiários do prémio, tendo que
apresentar cópia do respetivo documento de identificação ou de outro documento válido.
16. Os dados pessoais fornecidos voluntariamente pelos participantes no Passatempo serão
incluídos num ficheiro automatizado de dados. A finalidade do referido ficheiro é a gestão
adequada das participações no Passatempo, assim como a gestão da entrega de prémios aos
Vencedores. Este dados não podem ser utilizados para promover temas externos a este
Passatempo, nem ser entregues ou comercializados por entidades externas ao passatempo.
17. Os trabalhos vencedores não poderão ser colocados online sem autorização da
organização do concurso até 3 semanas depois da promoção realizada pela organização do
passatempo.
18. Este Passatempo poderá ser declarado sem participantes.
19. A organização reserva-se o direito de cancelar este Passatempo em qualquer ocasião, sem
justificação formal pelo mesmo.
20. A participação no Passatempo implica a aceitação na íntegra do presente Regulamento.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

terça-feira, 3 de novembro de 2015

AOS PAIS

in: http://www.paisefilhos.pt/index.php/opiniao/isabel-stilwell/7811-o-que-as-avos-nao-se-atrevem-a-dizer

Escrito por Isabel Stilwell Quinta, 03 Setembro 2015 | Visto - 1643
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Queremos tirar todos os obstáculos do caminho dos nossos filhos. Quando somos avós, a tarefa é ainda mais dura, porque damos tudo para tornar a vida mais fácil não só a filhos, como também a netos — e o pior é que, às vezes, dá ideia de que a felicidade de uns conflitua com a dos outros. 
Habitualmente conseguimos fazer o papel de adivinhos e anjos da guarda, e a sensação de que conhecemos tão bem aqueles que amamos ao ponto de lhes adivinhar os desejos e os medos vai-nos alimentando um sentimento de omnipotência. E, subjacente a esta omnipotência, está a certeza de que os conseguimos controlar, como marionetas que obedecem a um puxar de fios. E, à sensação de controlo, segue-se a certeza de que somos insubstituíveis, o que seria deles sem nós, e que, convenhamos, nos insufla de felicidade e de propósito.
Foi tudo isto o que senti, não por tantas palavras, é certo, quando a Carmo acordou a gritar com pesadelos e veio a correr para o meu quarto aterrorizada. Abracei-a, deitei-a na minha cama e quis perceber o que a tinha assustado. É claro que, como nos acontece quando acordamos sobressaltados, também ela não tinha uma ideia precisa do que a perseguia. Acabou por construir uma história de piratas e monstros que, suspeito, considerou justificar a cena toda. Acabamos por adormecer abraçadas e de manhã sugeri-lhe que desenhasse os seus pesadelos num papel, que depois atirámos à lareira para que ardessem e se transformassem em inocentes cinzas. De caminho, e por causa das coisas, comprámos um espanta espíritos índio, que ficou pendurado no vão da janela.
Evitei, como avó, porque já aprendi alguma coisa como mãe, estabelecer um tribunal de inquisição, contra mim, e contra a criança. Muitas vezes os pais (e os avós) sentem que os pesadelos resultam de uma culpa sua, afinal não são eles os protetores últimos do sono dos seus filhos?, e desfilam erros cometidos: terão deixado os filhos ver demasiada televisão, jogar até muito tarde e jogos demasiado violentos, assistir a uma discussão que os poderá ter atemorizado, ou foi antes o quebrar do ritual do deitar... Motivos não faltam. Na ânsia de entender o que se passou, perguntam e tornam a perguntar, esmiúçam, e acabam por levar a criança a confessar uma mentira, na esperança de escapar à tortura.  Sim, que tiveram medo do monstro dos desenhos animados, sim que se assustaram porque acharam que os pais se iam embora, sim, meteu-lhes medo o cão grande com que se cruzaram naquela tarde. E aí os pais sossegam, acusam-se um ou outro e juram nunca mais expor a criança à mesma situação. 
É claro que pode haver momentos de stress que desencadeiam noites assombradas, mas o que custa mais aos pais admitir, dizem os especialistas, é que a criança tenha uma vida mental própria, independente da dos seus queridos progenitores. Que pense coisas que não partilha com os pais, que dentro da sua cabeça exista um universo só seu. Mais ainda, que os pais não sejam o início e o fim de tudo o que acontece aos filhos, o que destrói a ilusão de que eles são apenas réplicas de si mesmos.
É difícil não tentar solucionar um pesadelo, ver um filho ou um neto assustado e não ter o antídoto preparado, mas é uma preparação para a autonomia. Então, o quê, ficamos a vê-los tremer como varas verdes, cruzando os braços? Eduardo Sá recomenda aos pais que combatam o acordar aterrorizado com o silêncio e um abraço apertado. Os vigilantes do seu sono marcam presença, é tudo o que importa que ela saiba. Acreditando que os pesadelos são a digestão da vida e fazem bem à saúde. Mas nunca propriedade dos pais.



Para pensar...


in: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/adolescentes-e-se-eles-percebessem-melhor-como-funciona-o-cerebro-deles-1712926?page=-1

Adolescentes: e se eles percebessem melhor como funciona o seu cérebro?
01/11/2015 - 08:22
É um livro escrito por investigadores e por adolescentes que vai ser apresentado neste domingo, em Lisboa. Uma das teses é esta: “Aumentar os conhecimentos dos jovens sobre as bases neurológicas dos seus comportamentos” pode ajudá-los a lidar melhor consigo próprios.
 

Uma boa mensagem para os pais, nesta senda do que se sabe agora das neurociências”, é que devem evitar discutir com os miúdos “a quente” RICARDO SILVA
Considera-se que um adolescente está em privação de sono se dorme, em média, mais três horas ao fim-de-semana do que durante a semana — ou seja, se aos sábados e domingos tenta recuperar o que não dorme nos dias úteis. Dados: quase 20% dos estudantes portugueses do 8.º e 10.º ano sofrem de privação de sono. E o uso dos telemóveis tem algo a ver com isso
Noutro estudo realizado recentemente “cerca de 16% dos jovens referiram que a primeira relação sexual foi com um amigo ou amiga”. A forma como a sexualidade tem vindo a transformar-se passa também por aqui: “Os jovens estão a diminuir o número de relações sexuais com estranhos, estão a aumentar o número de relacionamentos de amizade colorida” e “o número de relacionamentos estáveis” que se inicia dessa forma também se encontra a subir.
E o que dizem os mais recentes estudos das neurociências sobre o comportamento de alguém que tem 15 ou 16 anos? De tudo isto fala o livro Dream Teens — adolescentes em navegação segura, por águas desconhecidas. Numa linguagem simples, são passados em revista algumas das mais recentes investigações feitas em Portugal e no mundo, nos últimos anos, sobre a adolescência. É apresentado neste domingo, na Faculdade de Motricidade Humana, em Lisboa, no segundo encontro nacional Dream Teens, onde participam 300 jovens entre os 11 e 19 anos, de todo o país.
O livro tem uma característica especial: foi escrito por investigadores séniores e por adolescentes. A psicóloga Margarida Gaspar de Matos, que integra a equipa do Health Behaviour in School-aged Children, da Organização Mundial de Saúde (OMS), é a coordenadora da obra e a mentora do projecto Dream Teens — criado no ano passado pela associação Aventura Social, em parceria com a Fundação Gulbenkian e a Sociedade de Psicologia da Saúde, e que resultou na constituição de uma rede nacional de “adolescentes consultores de saúde” com 126 membros.
Por debaixo dos lençóis
Um dos artigos da obra agora concluída é escrito por Teresa Paiva, neurologista especializada em doenças do sono. Diz que a privação de sono “atinge 18,9% dos estudantes do 8.º e 10.º ano, sem diferenças entre sexos”. Que “o uso de telemóveis aumenta muito na privação de sono” tal como “o uso de computador, Internet e redes sociais”. E que “os comportamentos de risco (álcool, drogas, violência, actividade sexual precoce e sedentarismo) são mais frequentes” entre estes jovens, para além do excesso de peso e obesidade, diabetes tipo II e perturbações do comportamento alimentar.
“Antigamente os miúdos tinham os computadores e a televisão e isso influenciava os hábitos de sono”, explica Margarida Gaspar de Matos. “Só que agora o telemóvel tem televisão, tem Facebook, é pequeno, e vemos os miúdos na cama, com os lençóis em cima da cabeça e a luzinha por debaixo. Com os computador os pais diziam ‘Vai-te deitar, desliga isso’. O telemóvel dá menos nas vistas e os miúdos estão pela noite fora a conversar uns com os outros.” Resultado: passam a semana cansados, desconcentrados, estão numa fase “em que, pela própria maturidade do sistema nervoso, que é menor, têm mais dificuldade em se regular do que os adultos”.
A OMS reserva o termo “adolescentes” para os rapazes entre os 10 e os 19 anos e para as raparigas entre os 9 e os 19. Mas as coisas são mais complexas.
“Antigamente achava-se que estávamos maduros aos 15 ou 16 anos”, diz Margarida Matos. “Mas descobriu-se entretanto que há um hiato entre o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento emocional, o que significa que aos 15, 16 anos um adolescente está perfeitamente apto para dizer coisas sensatas, para decidir a sua carreira, para tomar uma posição de cidadania, quando está ‘a frio’, como nós dizemos no livro, mas quanto se fica com uma tentação à frente, sobretudo quando não está a ser monitorizado por adultos — e ainda mais quando está na presença de amigos na mesma idade —, a tendência para o risco mais do que duplica.”
Mensagem aos pais
Com estes conhecimentos das neurociências, há quem tenha passado a defender uma “estratégia educativa proibicionista”, conta Margarida Matos. A tese é esta: se os adolescentes “ainda não têm maturação cerebral para tomar conta deles, então não interessam para nada programas de promoção de competências sociais”, como o Dream Teens, exemplifica, “porque eles não são capazes" e "o que é preciso é ter políticas mais restritivas, proibir coisas, ser mais disciplinador”.
Mas muitos outros entre os quais Margarida Matos, dizem que não funciona assim. O livro explica: “O cérebro desenvolve-se em interacção com o ambiente e seus desafios. Por isso mesmo, infantilizar os jovens e desresponsabilizá-los até à idade da maturidade biológica não parece uma estratégia de saúde pública eficaz.” O que se defende é algo diferente: “Por um lado, aumentar os conhecimentos dos jovens sobre as bases neurológicas dos seus comportamentos e do seu desenvolvimento; por outro , aumentar as suas competências de tomada de decisão, resolução de problemas, auto-regulação.”
A psicóloga diz que “o que é uma boa mensagem para os pais, nesta senda do que se sabe agora das neurociências”, é que devem evitar discutir com os miúdos “a quente” — “os adolescentes discutem mal”, descontrolam-se.
“As regras lá em casa têm de ser estabelecidas ‘a frio’, tem de ser explicado o que acontece se as coisas não forem feitas, mas isto quando as pessoas estão tranquilas. Para que, quando a coisa aquece, em vez de haver uma discussão, o adulto dizer: ‘Não foi nada disso que combinámos, vamos ver o que combinámos.’ Depois, estes trabalhos recentes sobre a maturidade cerebral são coisas que os adolescentes conseguem perceber e se lhes for explicado, eles próprios conseguem gerar estratégias para lidarem com eles mesmos, quando estão ‘aquecidos’, digamos assim.”
Há um ano, no primeiro encontro Dream Teens, os jovens entregaram ao então secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, um conjunto de recomendações. “Manter os 16 anos como idade mínima para a compra de bebidas alcoólicas como o vinho e a cerveja” era uma delas. Em Julho entrou em vigor a lei que proíbe a venda de qualquer tipo de álcool a menores de 18. Neste domingo, Leal da Costa deverá voltar a fechar o encontro dos “teens”, desta feita como ministro da Saúde.


Exposição halloween -ESLA
As turmas de Artes da profª Stella, 11ºF e 12ºF,
realizaram alguns trabalhos com abóboras na comemoração do dia de Halloween.

Ora vejam...




Berta Isla - Javier Marías

Dia internacional dos Museus

  O Dia Internacional dos Museus , celebrado anualmente a 18 de maio, foi organizado pela primeira vez em 1977, pelo ICOM (International Cou...