terça-feira, 26 de novembro de 2024

 in: https://www.escolavirtual.pt/Blogue/Artigos/e-se-a-inteligencia-artificial-for-ao-quadro.htm

E se a Inteligência Artificial for ao quadro?



O ChatGPT anuncia tudo o que pode fazer pelo ensino. Os professores questionam a ferramenta. E os especialistas avaliam. O Blogue da Escola Virtual pediu à IA o favor de “ir ao quadro”.

Escrever sobre Inteligência Artificial (IA) na educação sem a “questionar” sobre o tema é, humanamente, impossível. À curiosidade junta-se a facilidade do acesso. Hoje, existem vários serviços gratuitos. Formulamos, então, a pergunta inevitável: “Como usar a IA na escola?” A resposta surge no ecrã em segundos – como seria de esperar. A IA, lê-se na introdução, “oferece muitas oportunidades para melhorar as aprendizagens dos alunos”.

De acordo com o ChatGPT, existem oito “maneiras de integrar” a IA no ensino. A primeira consiste em utilizar este tipo de ferramenta para “personalizar o ensino”, ou seja, “adaptar o conteúdo educacional às necessidades individuais de cada aluno”. Seguem-se outros exemplos de utilização: “fornecer feedback imediato sobre o desempenho dos alunos em tarefas”, “analisar grandes conjuntos de dados, identificando padrões que possam informar práticas de ensino mais eficazes”, “detetar precocemente possíveis problemas de aprendizagem”, “criar assistentes virtuais para ajudar os professores na preparação das aulas” e “oferecer [aos alunos] acesso a tutores virtuais para os ajudar a rever conceitos, responder a perguntas e resolver problemas.”

Das potencialidades anunciadas, Ana Brinco, 48 anos, aceitaria com agrado a ajuda do ChatGPT para personalizar os conteúdos que ensina. “Se não para todos os alunos, pelo menos para aqueles que têm dificuldades diagnosticadas, para os quais os professores têm de construir fichas e testes adaptados”, realça a professora de Inglês do 3.º ciclo e ensino secundário. “Todos os alunos têm necessidades diferentes, não só os que estão sinalizados com necessidades educativas especiais, e, às vezes, é humanamente impossível acompanhar nas melhores condições todos os alunos.”

Apesar de nunca ter utilizado a IA na prática letiva, Ana Brinco gostava de poder contar com ela para preparar as suas aulas. “Os professores não têm muito tempo para preparar as aulas da forma mais criativa, da forma mais eficaz e, muitas vezes, as aulas ficam aquém do que poderiam ser, em termos de uma abordagem o mais interessante possível,” assume. “As aulas podem ser sempre melhores, se a IA puder contribuir para isso, perfeito!”

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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

 in: https://blogue.rbe.mec.pt/2024/11/

Sex | 22.11.24

As práticas de conhecimento estão a mudar

Relatório de tendências da IFLA 2024

2024-11-22.jpgEste é o segundo de um conjunto de artigos que procurará divulgar e refletir sobre o Relatório de Tendências da IFLA 2024. [1]
Este relatório procura fornecer as ferramentas, as estruturas, a inspiração e a energia necessárias para que as bibliotecas e os profissionais da informação enfrentem o futuro com otimismo. Apresenta sete tendências. Hoje dedicamo-nos à tendência 1.

As práticas de conhecimento estão a mudar e isso conduz a que o futuro reserve oportunidades e desafios para melhorar a equidade nos sistemas de conhecimento.

Esta tendência aborda questões sobre o que consideramos como conhecimento, a procura de vozes mais diversificadas e a crescente consciencialização da desinformação.

Oportunidades

  • Sistemas de conhecimento mais equitativos e inclusivos.
  • Maior acesso a mais informações graças à tecnologia.
  • Novas formas de comunicação, como o vídeo de curta duração e a narração de dados.

Desafios

  • A difusão da desinformação.
  • A informação está a ficar isolada nas plataformas dos meios de comunicação digitais.
  • Excesso de regulamentação dos ambientes de informação.
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 in: https://blogue.rbe.mec.pt/2024/09/

Qua | 18.09.24

O cartaz na biblioteca escolar

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Aproxima-se o Mês Internacional da Biblioteca Escolar e este é, tradicionalmente, um período que exige das bibliotecas boas aptidões para a elaboração de cartazes alusivos à efeméride. Para apoio ao trabalho nessa área, damos início a uma série de publicações.

Hoje salientamos um conjunto de questões a considerar:

1. Um cartaz – para quê?

Num mundo cada vez mais repleto de informação, torna-se necessário encontrar formas de comunicar com eficácia.

A biblioteca escolar é, por inerência das suas práticas, um espaço de múltiplos acontecimentos, que se cruzam com tantas outras estruturas (internas e/ ou externas).  

Um bom CARTAZ é um recurso de divulgação e de informação que cumpre o seu papel com vantagem, quer seja publicado em formato digital, quer seja divulgado através de impressão, desde que sejam acauteladas algumas características fundamentais: simplicidade, equilíbrio texto+imagem, clareza da mensagem e impacto no público-alvo.

2. Um cartaz – quando?

As atividades anuais na biblioteca escolar são vastas e nem todas as iniciativas justificam a criação de um CARTAZ.

Não seria produtivo o uso de CARTAZ em todas as situações, pois, em excesso, provocaria o efeito contrário – não atingiria o seu objetivo, perdendo-se na sobrecarga de informação.

Porém, há casos em que é indicada a divulgação através deste objeto gráfico, pelo seu potencial comunicativo e apelativo.

Algumas vezes, o CARTAZ é o objetivo em si, por exemplo, em concursos ou em projetos que o incluem na sua planificação.

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 in: https://blogue.rbe.mec.pt/2024/09/

Qua | 25.09.24

A arte de criar cartazes: dicas e estratégias

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Para apoio ao trabalho elaboração de cartazes no âmbito das diversas ações da biblioteca escolar, relembramos um conjunto de questões a considerar:

  • Formato – os formatos mais apropriados para uso nas bibliotecas escolares têm como base dimensões/ proporções que derivam da convenção internacional Norma ISO 216 – série A, sendo adequados, tanto para publicação digital, como para impressão (de acordo com as definições técnicas de cada impressora, sendo comum o A3);

  • Orientação – a orientação comprovadamente mais adequada é a vertical, pois permite uma melhor organização dos elementos no espaço e facilita a hierarquia/ leitura (como numa página de livro);

  • Cor de fundo – deve-se ter em conta que o fundo de um cartaz é apenas acessório, um ‘apoio’, cuja função é permitir realçar os conteúdos principais da mensagem (imagem e texto) sem interferir ou criar ‘ruído’;

  • Organização dos elementos visuais e textuais – os conteúdos principais devem ser organizados hierarquicamente, devendo ser escolhido um alinhamento comum (esquerda, centro e/ ou direita). Sempre que possível, a arrumação dos vários elementos fica mais equilibrada se os alinharmos uns pelos outros;

  • Margem – por questões de segurança, deve ser acautelada uma margem ‘confortável’, um espaço sem quaisquer elementos para não se perder nenhuma informação;

  • Simplificação - na altura de tomar decisões sobre a colocação dos conteúdos no espaço, deve-se procurar soluções simples – esta opção é mais segura, mesmo que nos pareça menos ‘original’…;

  • Tipografia – a escolha de tipos de letra bem definidos e simples é importante para permitir uma boa leitura. Em cada cartaz não deve haver mais do que 2 ou 3 tipos diferentes (exceto os logotipos);

  • Texto e fundo – o texto não deve estar sobreposto a uma imagem que pretendemos realçar. É necessário separar;

  • Imagem – as imagens (gráfico, ilustração, fotografia, reprodução de trabalhos, etc.) devem ocupar uma parte generosa do espaço, por serem mais apelativas e terem uma leitura mais imediata do que o texto;

  • Seleção de imagens – as imagens utilizadas têm de acautelar as regras de privacidade e, se não forem originais, têm de precaver os direitos e respeitar a autoria (referenciar e manter as características originais – verificar permissões);

  • Redimensionamento de imagens – as imagens têm de ser redimensionadas sempre no respeito pela sua proporção original e nunca deformadas (mais um princípio fundamental para um resultado de qualidade);

  • Redimensionamento de logotipos – os logotipos têm de ser redimensionados sempre no respeito pela sua proporção original e nunca deformados, sendo sempre legíveis; consulte o manual de normas gráficas (o da RBE já está disponível), sempre que possível, para verificar se existem versões que sejam mais apropriadas ao nosso cartaz;
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 in: https://blogue.rbe.mec.pt/2024/10/

Sex | 18.10.24

Apoio à conceção de cartaz - Imagem

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Um cartaz, como sabemos, vive de um conjunto de elementos visuais e textuais, que, quando bem articulado, dá origem a numa comunicação clara e eficaz, conseguindo o seu objetivo.

Abordaremos, aqui, alguns dos cuidados a ter na preservação da integridade da imagem e do logotipo, que são determinantes para a obtenção de um produto final de qualidade - atenção ao detalhe!

Doravante, nesta nossa partilha, o termo “imagem” aplicar-se-á  tanto à imagem - fotografia, desenho, gráfico, etc., como ao logotipo, dado que este se constitui também como uma entidade visual. Em ambos os casos, não é permitido deformar ou efetuar alterações não autorizadas [1]. Este aspeto reveste-se de importância assinalável e, se não for acautelado, compromete seriamente a nossa publicação, que resulta empobrecida e fragilizada.

Vejamos, em seguida, alguns exemplos simples, uns resultantes da aplicação de regras básicas apropriadas e outros decorrentes da manipulação inadequada da imagem:

Imagem1.png

Para efetuar o redimensionamento de uma imagem (maior ou menor que o original), é necessário selecionar um dos quatro cantos da imagem (em alguns programas é necessário usar, em simultâneo, a tecla shift) para ampliar ou reduzir, mantendo sempre a proporção. Em caso de recorte, aplica-se a mesma lógica.

Imagem2.pngSe a imagem for selecionada por um dos seus lados, o que acontece é a alteração/ deformação da proporção original. Este é um erro mais comum do que se possa pensar, surgindo a tentação de inserir a imagem original em determinados espaços que não são coincidentes na sua proporção, forçando-a a adaptar-se ‘artificialmente’.

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 in: https://blogue.rbe.mec.pt/2024/10/

Sex | 25.10.24

Apoio à conceção de cartaz - Tipografia

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Dando continuidade à nossa breve análise dos principais elementos que constituem um cartaz, debruçar-nos-emos agora sobre a presença dos elementos textuais, a tipografia – título, subtítulo, legendas, caixas de texto, slogans, etc.

Todos nós tivemos já a oportunidade de verificar que a grande maioria dos cartazes recorre a um conjunto de elementos visuais e textuais, que contribuem para um impacto intencional no público a que se destinam e que passam, de forma eficaz, uma determinada mensagem (é esse o objetivo!). Em última análise, comunicam.

Há casos em que o conjunto dos elementos textuais – a tipografia – é suficiente para criar um cartaz criativo e apelativo, tendo um papel e uma força significativa equiparados à imagem.

Comecemos por contribuir para clarificar alguns conceitos fundamentais:

  • Tipografia – conjunto dos elementos textuais numa publicação (não manuscritos);
  • Tipo | Fonte – variação do desenho da letra ou carater. Este pode ter serifas ou não (sem serifas - sans). Em publicação impressa, o uso de tipos serifados é adequado. Em publicação virtual, o uso de tipos não serifados é mais apropriado – estudos apontam para uma evidente facilitação da leitura:

Imagem1 (1).jpgFigura 1 – Exemplos de tipos com serifas (assinaladas) e sem serifas.

  • Corpo – tamanho da letra (medido em pontos);
  • Letra maiúscula e letra minúscula – cada uma tem o seu papel e lugar próprios (ver esquema seguinte):

Imagem2.jpgFigura 2 - A letra maiúscula está associada à inicial de uma palavra ou a um título. A letra minúscula é indicada para excertos de texto mais longos, pois é facilitadora de leitura. Os termos ‘caixa alta’ e ‘caixa baixa’ derivam do sítio onde os tipógrafos, antes da era digital, arrumavam os carateres em móveis nas oficinas gráficas.

  • Hierarquia – a composição dos elementos textuais deve seguir uma sequência hierárquica, do geral para o particular – esta regra orienta o ‘leitor’;
  • Legibilidade - os tipos decorativos ou densos podem ser usados em títulos e/ ou subtítulos ou outros destaques. No texto de parágrafo, esses tipos e/ ou a opção por letra maiúscula são desaconselhados, por dificultarem a leitura (ver esquema seguinte):

Imagem3.jpgFigura 3 – Exemplos de aplicação incorreta de fontes decorativas, densas ou em bold, maiúsculas ou minúsculas, em texto de parágrafo.

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 in: https://blogue.rbe.mec.pt/2024/10/

Qua | 30.10.24

Usar Inteligência Artificial não é arte

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O século XX ampliou o terreno das artes e da cultura, em parte pelas  interseções/influências reciprocas/hibridez dos seus diferentes formatos, pelo que um dos principais temas da arte é a sua evolução.

Recentemente a arte alargou-se ao artificial, à máquina, ao algoritmo.

Ferramentas digitais podem produzir, infinitamente, filmes, literatura e outros textos, música, pintura, fotografia, esculturas (ligadas a impressoras 3D)…

No futuro, será que o artista/realizador/escritor… mais virtuoso será não humano?

A arte expressa – através de imagens, palavras, sons, movimentos, monumentos e objetos, meios digitais… - uma descontinuidade/transformação de ideias/conceitos

Como a IA (Inteligência Artificial] produz os seus trabalhos a partir de amostras de outras obras fílmicas/literárias… criadas por humanos e já existentes, usadas para treino, estes trabalhos não podem ser considerados originais, não são arte.

A IA é conservadora e tendenciosa, tende a reproduzir preconceitos e desigualdades herdadas e expressas nos filmes e literatura e é tendencialmente monolingue, reforçando a invisibilidade de determinadas culturas no espaço público - o inglês é o principal idioma das bases de dados usadas para treino e as principais empresas privadas que nela investem concentram-se num único continente, EUA.

De acordo com autores/artistas de arte científica, Sci-Art (Comissão Europeia, 2024) como Leonel Moura, “na arte tecnológica há uma distinção muito clara entre os artistas que utilizam aplicações e tecnologias e os que usam código” autores são os de código, que programam, criam os algoritmos (Lucas & Gaudêncio, 2024).

Sobre o Robô Pintor, RAP (Robotic Action Painter), criado em 2007 por Leonel Moura (Moura, 2024) e que faz parte da exposição permanente do Museu Americano de História Natural (USA), What Makes Us Humans?/O que nos torna humanos?

“não tem inspiração criativa. RAP não sabe que está fazendo arte, nem sabe o que é arte; está apenas seguindo um conjunto de regras simples escritas por um artista humano”.

A inteligência artificial não é imprevisível e, portanto, “não pode ser criativa” o próprio conceito de Inteligência quando aplicado a IA é desapropriado: “a verdadeira inteligência envolve uma combinação de conhecimento, julgamento e criatividade, competências que a IA ainda não pode emular (Innerarity, 2024).

Provavelmente a IA irá evoluir no sentido da sua autonomia/independência do humano, mas no contexto atual, não gera ideias, estas são humanas.

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Berta Isla - Javier Marías

Calendário Literário do Advento

 As nossas sugestões natalícias!!!  Aventura-te e vem descobri-las!!!