segunda-feira, 25 de novembro de 2024

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Sex | 22.11.24

As práticas de conhecimento estão a mudar

Relatório de tendências da IFLA 2024

2024-11-22.jpgEste é o segundo de um conjunto de artigos que procurará divulgar e refletir sobre o Relatório de Tendências da IFLA 2024. [1]
Este relatório procura fornecer as ferramentas, as estruturas, a inspiração e a energia necessárias para que as bibliotecas e os profissionais da informação enfrentem o futuro com otimismo. Apresenta sete tendências. Hoje dedicamo-nos à tendência 1.

As práticas de conhecimento estão a mudar e isso conduz a que o futuro reserve oportunidades e desafios para melhorar a equidade nos sistemas de conhecimento.

Esta tendência aborda questões sobre o que consideramos como conhecimento, a procura de vozes mais diversificadas e a crescente consciencialização da desinformação.

Oportunidades

  • Sistemas de conhecimento mais equitativos e inclusivos.
  • Maior acesso a mais informações graças à tecnologia.
  • Novas formas de comunicação, como o vídeo de curta duração e a narração de dados.

Desafios

  • A difusão da desinformação.
  • A informação está a ficar isolada nas plataformas dos meios de comunicação digitais.
  • Excesso de regulamentação dos ambientes de informação.
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Qua | 18.09.24

O cartaz na biblioteca escolar

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Aproxima-se o Mês Internacional da Biblioteca Escolar e este é, tradicionalmente, um período que exige das bibliotecas boas aptidões para a elaboração de cartazes alusivos à efeméride. Para apoio ao trabalho nessa área, damos início a uma série de publicações.

Hoje salientamos um conjunto de questões a considerar:

1. Um cartaz – para quê?

Num mundo cada vez mais repleto de informação, torna-se necessário encontrar formas de comunicar com eficácia.

A biblioteca escolar é, por inerência das suas práticas, um espaço de múltiplos acontecimentos, que se cruzam com tantas outras estruturas (internas e/ ou externas).  

Um bom CARTAZ é um recurso de divulgação e de informação que cumpre o seu papel com vantagem, quer seja publicado em formato digital, quer seja divulgado através de impressão, desde que sejam acauteladas algumas características fundamentais: simplicidade, equilíbrio texto+imagem, clareza da mensagem e impacto no público-alvo.

2. Um cartaz – quando?

As atividades anuais na biblioteca escolar são vastas e nem todas as iniciativas justificam a criação de um CARTAZ.

Não seria produtivo o uso de CARTAZ em todas as situações, pois, em excesso, provocaria o efeito contrário – não atingiria o seu objetivo, perdendo-se na sobrecarga de informação.

Porém, há casos em que é indicada a divulgação através deste objeto gráfico, pelo seu potencial comunicativo e apelativo.

Algumas vezes, o CARTAZ é o objetivo em si, por exemplo, em concursos ou em projetos que o incluem na sua planificação.

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Qua | 25.09.24

A arte de criar cartazes: dicas e estratégias

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Para apoio ao trabalho elaboração de cartazes no âmbito das diversas ações da biblioteca escolar, relembramos um conjunto de questões a considerar:

  • Formato – os formatos mais apropriados para uso nas bibliotecas escolares têm como base dimensões/ proporções que derivam da convenção internacional Norma ISO 216 – série A, sendo adequados, tanto para publicação digital, como para impressão (de acordo com as definições técnicas de cada impressora, sendo comum o A3);

  • Orientação – a orientação comprovadamente mais adequada é a vertical, pois permite uma melhor organização dos elementos no espaço e facilita a hierarquia/ leitura (como numa página de livro);

  • Cor de fundo – deve-se ter em conta que o fundo de um cartaz é apenas acessório, um ‘apoio’, cuja função é permitir realçar os conteúdos principais da mensagem (imagem e texto) sem interferir ou criar ‘ruído’;

  • Organização dos elementos visuais e textuais – os conteúdos principais devem ser organizados hierarquicamente, devendo ser escolhido um alinhamento comum (esquerda, centro e/ ou direita). Sempre que possível, a arrumação dos vários elementos fica mais equilibrada se os alinharmos uns pelos outros;

  • Margem – por questões de segurança, deve ser acautelada uma margem ‘confortável’, um espaço sem quaisquer elementos para não se perder nenhuma informação;

  • Simplificação - na altura de tomar decisões sobre a colocação dos conteúdos no espaço, deve-se procurar soluções simples – esta opção é mais segura, mesmo que nos pareça menos ‘original’…;

  • Tipografia – a escolha de tipos de letra bem definidos e simples é importante para permitir uma boa leitura. Em cada cartaz não deve haver mais do que 2 ou 3 tipos diferentes (exceto os logotipos);

  • Texto e fundo – o texto não deve estar sobreposto a uma imagem que pretendemos realçar. É necessário separar;

  • Imagem – as imagens (gráfico, ilustração, fotografia, reprodução de trabalhos, etc.) devem ocupar uma parte generosa do espaço, por serem mais apelativas e terem uma leitura mais imediata do que o texto;

  • Seleção de imagens – as imagens utilizadas têm de acautelar as regras de privacidade e, se não forem originais, têm de precaver os direitos e respeitar a autoria (referenciar e manter as características originais – verificar permissões);

  • Redimensionamento de imagens – as imagens têm de ser redimensionadas sempre no respeito pela sua proporção original e nunca deformadas (mais um princípio fundamental para um resultado de qualidade);

  • Redimensionamento de logotipos – os logotipos têm de ser redimensionados sempre no respeito pela sua proporção original e nunca deformados, sendo sempre legíveis; consulte o manual de normas gráficas (o da RBE já está disponível), sempre que possível, para verificar se existem versões que sejam mais apropriadas ao nosso cartaz;
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Sex | 18.10.24

Apoio à conceção de cartaz - Imagem

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Um cartaz, como sabemos, vive de um conjunto de elementos visuais e textuais, que, quando bem articulado, dá origem a numa comunicação clara e eficaz, conseguindo o seu objetivo.

Abordaremos, aqui, alguns dos cuidados a ter na preservação da integridade da imagem e do logotipo, que são determinantes para a obtenção de um produto final de qualidade - atenção ao detalhe!

Doravante, nesta nossa partilha, o termo “imagem” aplicar-se-á  tanto à imagem - fotografia, desenho, gráfico, etc., como ao logotipo, dado que este se constitui também como uma entidade visual. Em ambos os casos, não é permitido deformar ou efetuar alterações não autorizadas [1]. Este aspeto reveste-se de importância assinalável e, se não for acautelado, compromete seriamente a nossa publicação, que resulta empobrecida e fragilizada.

Vejamos, em seguida, alguns exemplos simples, uns resultantes da aplicação de regras básicas apropriadas e outros decorrentes da manipulação inadequada da imagem:

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Para efetuar o redimensionamento de uma imagem (maior ou menor que o original), é necessário selecionar um dos quatro cantos da imagem (em alguns programas é necessário usar, em simultâneo, a tecla shift) para ampliar ou reduzir, mantendo sempre a proporção. Em caso de recorte, aplica-se a mesma lógica.

Imagem2.pngSe a imagem for selecionada por um dos seus lados, o que acontece é a alteração/ deformação da proporção original. Este é um erro mais comum do que se possa pensar, surgindo a tentação de inserir a imagem original em determinados espaços que não são coincidentes na sua proporção, forçando-a a adaptar-se ‘artificialmente’.

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Sex | 25.10.24

Apoio à conceção de cartaz - Tipografia

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Dando continuidade à nossa breve análise dos principais elementos que constituem um cartaz, debruçar-nos-emos agora sobre a presença dos elementos textuais, a tipografia – título, subtítulo, legendas, caixas de texto, slogans, etc.

Todos nós tivemos já a oportunidade de verificar que a grande maioria dos cartazes recorre a um conjunto de elementos visuais e textuais, que contribuem para um impacto intencional no público a que se destinam e que passam, de forma eficaz, uma determinada mensagem (é esse o objetivo!). Em última análise, comunicam.

Há casos em que o conjunto dos elementos textuais – a tipografia – é suficiente para criar um cartaz criativo e apelativo, tendo um papel e uma força significativa equiparados à imagem.

Comecemos por contribuir para clarificar alguns conceitos fundamentais:

  • Tipografia – conjunto dos elementos textuais numa publicação (não manuscritos);
  • Tipo | Fonte – variação do desenho da letra ou carater. Este pode ter serifas ou não (sem serifas - sans). Em publicação impressa, o uso de tipos serifados é adequado. Em publicação virtual, o uso de tipos não serifados é mais apropriado – estudos apontam para uma evidente facilitação da leitura:

Imagem1 (1).jpgFigura 1 – Exemplos de tipos com serifas (assinaladas) e sem serifas.

  • Corpo – tamanho da letra (medido em pontos);
  • Letra maiúscula e letra minúscula – cada uma tem o seu papel e lugar próprios (ver esquema seguinte):

Imagem2.jpgFigura 2 - A letra maiúscula está associada à inicial de uma palavra ou a um título. A letra minúscula é indicada para excertos de texto mais longos, pois é facilitadora de leitura. Os termos ‘caixa alta’ e ‘caixa baixa’ derivam do sítio onde os tipógrafos, antes da era digital, arrumavam os carateres em móveis nas oficinas gráficas.

  • Hierarquia – a composição dos elementos textuais deve seguir uma sequência hierárquica, do geral para o particular – esta regra orienta o ‘leitor’;
  • Legibilidade - os tipos decorativos ou densos podem ser usados em títulos e/ ou subtítulos ou outros destaques. No texto de parágrafo, esses tipos e/ ou a opção por letra maiúscula são desaconselhados, por dificultarem a leitura (ver esquema seguinte):

Imagem3.jpgFigura 3 – Exemplos de aplicação incorreta de fontes decorativas, densas ou em bold, maiúsculas ou minúsculas, em texto de parágrafo.

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Qua | 30.10.24

Usar Inteligência Artificial não é arte

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O século XX ampliou o terreno das artes e da cultura, em parte pelas  interseções/influências reciprocas/hibridez dos seus diferentes formatos, pelo que um dos principais temas da arte é a sua evolução.

Recentemente a arte alargou-se ao artificial, à máquina, ao algoritmo.

Ferramentas digitais podem produzir, infinitamente, filmes, literatura e outros textos, música, pintura, fotografia, esculturas (ligadas a impressoras 3D)…

No futuro, será que o artista/realizador/escritor… mais virtuoso será não humano?

A arte expressa – através de imagens, palavras, sons, movimentos, monumentos e objetos, meios digitais… - uma descontinuidade/transformação de ideias/conceitos

Como a IA (Inteligência Artificial] produz os seus trabalhos a partir de amostras de outras obras fílmicas/literárias… criadas por humanos e já existentes, usadas para treino, estes trabalhos não podem ser considerados originais, não são arte.

A IA é conservadora e tendenciosa, tende a reproduzir preconceitos e desigualdades herdadas e expressas nos filmes e literatura e é tendencialmente monolingue, reforçando a invisibilidade de determinadas culturas no espaço público - o inglês é o principal idioma das bases de dados usadas para treino e as principais empresas privadas que nela investem concentram-se num único continente, EUA.

De acordo com autores/artistas de arte científica, Sci-Art (Comissão Europeia, 2024) como Leonel Moura, “na arte tecnológica há uma distinção muito clara entre os artistas que utilizam aplicações e tecnologias e os que usam código” autores são os de código, que programam, criam os algoritmos (Lucas & Gaudêncio, 2024).

Sobre o Robô Pintor, RAP (Robotic Action Painter), criado em 2007 por Leonel Moura (Moura, 2024) e que faz parte da exposição permanente do Museu Americano de História Natural (USA), What Makes Us Humans?/O que nos torna humanos?

“não tem inspiração criativa. RAP não sabe que está fazendo arte, nem sabe o que é arte; está apenas seguindo um conjunto de regras simples escritas por um artista humano”.

A inteligência artificial não é imprevisível e, portanto, “não pode ser criativa” o próprio conceito de Inteligência quando aplicado a IA é desapropriado: “a verdadeira inteligência envolve uma combinação de conhecimento, julgamento e criatividade, competências que a IA ainda não pode emular (Innerarity, 2024).

Provavelmente a IA irá evoluir no sentido da sua autonomia/independência do humano, mas no contexto atual, não gera ideias, estas são humanas.

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Qui | 31.10.24

Apoio à conceção de cartaz - Cor

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Concluímos esta série de publicações dedicadas à conceção de cartaz abordando mais um elemento estrutural da linguagem visual – a cor. Trata-se de um aspeto fundamental a ter em consideração na planificação de um cartaz, para que a sua finalidade seja alcançada: comunicação eficaz, aspeto apelativo, impacto positivo e qualidade no detalhe.

A cor é um fenómeno resultante do comportamento das superfícies em presença de luz e resulta num estímulo visual que exerce influência a nível psicológico sobre o ser humano. Deste modo, a escolha de determinado esquema de cores num cartaz não é de somenos importância, pois em termos comunicacionais, influencia substancialmente a qualidade e a clareza da mensagem.

Na teoria da cor baseada no sistema ternário, considera-se a existência de 3 cores primárias, cujos pigmentos, misturados dois a dois, originam as secundárias e assim por diante.

Alguns conceitos fundamentais:

  • Qualidade da cor – cromaticidade;
  • Tom, tonalidade ou matiz (hue) é o nome específico de cada cor;
  • Valor tonal ou luminosidade (lightness) refere-se ao brilho da cor, em função da proximidade ou do afastamento ao branco ou ao preto;
  • Intensidade ou saturação (saturation) diz respeito ao grau de pureza da cor, que é mais intensa quanto menos interferência de outras cores tiver na sua composição;
  • Gradação de cor – gama de tons que podem ir do branco ao preto (claro-escuro). Também se usa o termo degradê (do francês dégradé). Vejamos um exemplo com vermelho:

Imagem1 (2).jpg

  • Harmonia de cor – as cores, em vizinhança, influenciam-se mutuamente. Algumas resultam num conjunto agradável, outras entram em ‘conflito’, prejudicando o resultado. De uma forma simples, considera-se que as cores mais harmónicas são as que estão próximas no círculo cromático (ver esquema Teoria da Cor), mas não são as únicas:

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Teoria da Cor - Círculo Cromático (Johannes Itten - 1888-1967)

 

  • Contraste de cor – há cores que contrastam pouco umas com as outras - dificultam a leitura e outras que proporcionam bom contraste - facilitam a leitura. De uma forma simples, considera-se que as cores mais contrastantes são as que estão mais afastadas no círculo cromático (ver esquema Teoria da Cor), mas não são as únicas;
  • Tipos de contraste de cor*:
    • Cor em si - é o contraste entre cores puras, saturadas e/ou intensas:

Imagem3.png
Figura 1 - Piet Mondrian, “Composição com vermelho, amarelo e azul” (1921)

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Berta Isla - Javier Marías

CAMÕES

 V CENTENÁRIO DE CAMÕES! CAMÕES, ENGENHO E ARTE! Participa...