quarta-feira, 15 de janeiro de 2014


Feira vocacional vai às escolas ensinar jovens a “sobreviver de salto alto e gravata”

Na feira de orientação vocacional, para além do estudo, algumas das dicas deixadas aos alunos 
da Escola Secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa, para ingressarem no mercado, foram o voluntariado, o associativismo, e o espírito de iniciativa.
João Cordeiro
O workshop chamava-se Como sobreviver de salto alto e gravata. Nele os alunos da Escola Secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa, eram desafiados a pensar em formas de enriquecer o currículo, para além dos estudos, de maneira a conseguirem diferenciar-se num mercado de trabalho cada vez mais apertado. Simularam entrevistas e ouviram os conselhos de Eduardo Filho, o director de 27 anos da Inspiring, a start-up que a partir desta quarta-feira vai percorrer 70 escolas da Grande Lisboa com o objectivo de ajudar, através de stands, palestras e workshops, os jovens que vão concorrer ao ensino superior.
(...)
 “O mercado está mesmo mau”, começa por lhes dizer Eduardo Filho no início do workshop Como sobreviver de salto alto e gravata. De seguida pergunta-lhes: “O que estão a fazer por vocês agora?”. Os jovens respondem timidamente: “Estudar”. “E acham que estudar chega?”, devolve-lhes Eduardo Filho.
 “Se eu não fizer nada de diferente vou ser igual à pessoa ao meu lado. A maior parte dos recrutadores vêem currículos iguais todos os dias”, diz. “Mas fazer o quê?”, pergunta uma aluna. Estágios, associativismo, e voluntariado são apenas algumas das sugestões de
Eduardo Filho. “Cada vez mais uma licenciatura hoje não chega”, nota, salientando que
devem fazer estágios de Verão, mesmo que não sejam remunerados, porque o importante é “ganharem experiência”. E lança-lhes mais uma questão: “Querem ter um emprego
assegurado ou algo que gostem mesmo de fazer?”
Eduardo Filho mostra-lhes as vantagens do “espírito de sacrifício” e dá-lhes como exemplo Cristiano Ronaldo: “Nada se consegue sem esfoço. Acham que simplesmente nasceu a saber jogar futebol?”. Incentiva-os a irem “atrás dos sonhos”.
A “palavra da moda” acaba por chegar: “Fala-se muito em empreendedorismo. Sabem o que é? Há muita gente que põe no currículo que é empreendedor e depois quando lhes perguntam porquê não têm resposta”, diz.
As respostas dos jovens são várias: “É por exemplo começar uma empresa só si”; “É tentar competir com uma ideia nova, desenvolvê-la”; “É concretizar uma ideia útil ao mundo,
não uma ideia parva”.
(...)
In: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/jovens-aprendem-a-sobreviver-de-salto-alto-e-gravata-1618939?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoRSS+(Publico.pt)

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