terça-feira, 1 de outubro de 2019

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A Primeira Volta ao Mundo é uma nova série documental do Canal História que recorre a depoimentos de 53 especialistas internacionais e usa actores para entrevistas ficcionadas com os protagonistas da expedição.
Foi em 1519, a 20 de Setembro, que o português Fernão de Magalhães (1480-1521), navegador português ao serviço de D. Carlos I de Espanha, partiu de Sanlúcar de Barrameda, em Espanha. Três anos depois, com Magalhães morto, Juan Sebastián Elcano voltaria ao início para finalizar aquela que ficou registada como a primeira viagem de circum-navegação da Terra. A efeméride dos 500 anos de tal feito é assinalada com uma nova série documental do Canal História dividida em seis episódios. A Primeira Volta ao Mundo, uma produção espanhola, arranca neste sábado, às 22h15.
O objectivo da série é explorar não tanto “a gesta, mas sim o gesto”, afirmou Sergio Ramos, vice-presidente de programação da versão ibérica do canal, na apresentação de A Primeira Volta ao Mundo na Biblioteca Nacional de Madrid esta quarta-feira à tarde. Ou seja, queriam mostrar como era o dia-a-dia em alto-mar dos entre 230 e 270 tripulantes das cinco naus da expedição — dos quais só restaram, no fim, 18 homens e uma nau —, bem como a maneira como o feito deles mudou o mundo e como a Europa percebeu a dimensão do resto do globo e a vastidão dos oceanos. Ao PÚBLICO, explicou ainda que queriam “dar um twist” à história, com “linguagem e imagem contemporâneas”, como comparar a montagem da expedição com uma start-up, o que acontece no primeiro episódio.
Para tal, a série conta com o depoimento de 53 especialistas de várias nacionalidades e áreas, dos portugueses Jorge Rosas, gerente das Adegas Ramos Pinto, Joaquim António Gonçalves Guimarães, arqueólogo, ou José Manuel de Carvalho Marques, ex-presidente da Câmara de Sabrosa, a historiadores, escritores, navegadores, políticos, guias turísticos, cozinheiros, biólogos, músicos ou militares argentinos, chilenos e espanhóis, nacionalidades que estavam representadas na expedição. Estes falam de como, no caso de Jorge Rosas, os tripulantes bebiam vinho, ou, no caso de Javier Velázquez, dono de restaurante e cozinheiro argentino, de como é que os tripulantes comiam carne de guanaco, animal sul-americano, tudo em nome da sobrevivência sob condições duras que testaram a capacidade de resistência do ser humano.
De fora, ficaram testemunhos como os dos filipinos, um território importante da viagem. “Era o destino principal que queríamos tratar, mas deparámo-nos com um problema, que é não haver muita gente com esse conhecimento. Encontrávamos alguém que disse que falaria disso, mas depois não sabia muito”, confessa Daniel Terzagui, produtor executivo. “É mais fácil encontrar essa informação aqui”, continua Carmen Mena-García, professora catedrática de História da América na Universidade de Sevilha e uma das especialistas retratadas na série. Também não houve possibilidade de incluir, por questões de agenda, o historiador Rui Manuel Loureiro, que a académica espanhola nomeia como alguém “que está a fazer coisas muito interessantes com documentos portugueses”. Longe das polémicas e disputas recentes entre Portugal e Espanha sobre esta efeméride, tanto Terzagui como Mena-García realçam o papel de Portugal na expedição, em termos de “todo o conhecimento e infra-estrutura”.

Entrevistas de agora com o passado

Além das pessoas reais que prestam declarações, há um esforço para uma reconstituição de época com actores que interpretam algumas das figuras históricas envolvidas a falaram para a câmara. A ideia destas entrevistas ficcionadas, sustenta o responsável do canal, era não pedir “aos actores que interpretassem algo que não sabíamos se ocorreu ou não”, mas dar uma ideia do que seria o dia-a-dia a bordo da expedição. Já Daniel Terzagui, o produtor executivo, sublinhou o foco em factos verificáveis. Henrique de Malaca, por exemplo, o escravo de Magalhães que provavelmente terá sido a primeira pessoa realmente a circum-navegar o mundo, não é uma personagem muito presente, visto não haver muita informação sobre ele, e muitas perspectivas contraditórias.
Segundo o Ministério da Cultura espanhol, há mais de 190 iniciativas oficiais espanholas que vão decorrer ao longo dos próximos três anos. A série é uma delas. A efeméride está, conta Carmen Mena-García, a levar a cada mais investigações sobre o assunto, pelo que, volvidos esses três anos, “vamos falar de uma maneira diferente” sobre a circum-navegação.
A série surge no ano em que o História comemora 20 anos de presença ibérica, algo que decidiram celebrar juntando duas efemérides: a dos 500 anos da circum-navegação e dos 50 da chegada do homem à Lua, traçando um paralelo entre elas. Não vai ser o único evento televisivo a assinalar o feito. A RTP1, por exemplo, dedicará o dia de sexta-feira a uma emissão especial em directo do Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, a partir das 10 da manhã.

Referência
AuthorRodrigo Nogueira
Article title:Seis episódios para assinalar os 500 anos da viagem de Fernão de Magalhães
Website title:PÚBLICO
URL:https://www.publico.pt/2019/09/20/culturaipsilon/noticia/primeira-volta-mundo-1887193

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Deixas que a carteira te consuma ou consomes com cabeça?
Esta é a proposta da Rádio Miúdos para o ano letivo 2019/2020.
A ideia é discutir o que consumimos e porque consumimos e apontar caminhos para um consumismo consciente.
CONSUMIR COM CABEÇA é um concurso para os alunos do 3º ciclo do ensino básico de todas as escolas que falem português/do país e ilhas.

Podem participar realizando um spot de rádio, com um mínimo de 30 segundos e até 5 minutos.
As inscrições estão já abertas para as escolas até 3 de novembro de 2019.
Depois haverá uma seleção dos 2 melhores trabalhos por região do país, por um júri constituído por representantes da Rádio Miúdos, da Rede de Bibliotecas Escolares e da Direção-Geral do Consumidor.
A partir de 6 de janeiro de 2020 a Rádio Miúdos transmite em directo de 2 escolas da região, o concurso CONSUMIR COM CABEÇA, um programa de rádio onde as equipas vão ter que defender as suas ideias e responder a desafios.

No dia 24 de abril de 2020 as equipas vencedoras realizam em direto nos estúdios da Rádio Miúdos as finais onde serão apurados os vencedores.

CONSUMIR COM CABEÇA é um torneio radiofónico da Rádio Miúdos, em parceria com a Rede de Bibliotecas Escolares e com o apoio do Fundo para a Promoção dos Direitos dos Consumidores.

Pretende-se dinamizar a discussão sobre consumos conscientes e sustentáveis entre os jovens.
Encontrar uma linguagem ativa para que os miúdos possam intervir individual e coletivamente de uma forma mais crítica ao que consomem.

regulamento está disponível aqui.
Imagens do concurso disponíveis aqui.
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PNL2019_BannerSitePNL_72dpis.jpg
A terceira conferência do PNL2027 é dedicada ao elogio da leitura como forma de enaltecimento do lugar que esta mantém no nosso tempo e da consciência do seu papel em benefício das sociedades.
A leitura, na sua multifuncionalidade, é o principal instrumento de acesso à aprendizagem e ao conhecimento, de domínio sobre a informação e a comunicação, de compromisso ético e cívico, de afirmação da liberdade e dignidade humanas.
Leitura e escrita são a base fundacional de todas as literacias e a condição primeira para um juízo compreensivo e crítico, o enriquecimento cultural, a formação estética e a memória individual e coletiva.  Sem a palavra não existe história nem a ideia de humanidade, a linguagem e o pensamento ficam cerceados e a consciência de si e do mundo diminuída.
Numa sociedade em acelerada e profunda mudança, única na história da humanidade, com grandes oportunidades e desafios, mas também com inúmeros riscos e bloqueios, faz cada vez mais sentido evocar o valor da leitura, refletindo sobre ele a partir do olhar de diferentes políticas públicas e do ponto de vista das diferentes literacias.

Referência: 2027, P. (2019). Plano Nacional de Leitura 2027Pnl2027.gov.pt. Retrieved 14 September 2019, from http://pnl2027.gov.pt/np4/confpnl2019.html

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

terça-feira, 24 de setembro de 2019

in: http://vodafonefuture.jn.pt/drones-impressos-em-3d-para-as-criancas-programarem-nas-escolas/


Drones impressos em 3D para as crianças programarem nas escolas
foto_autor_ALEX_CAZORLA
ALEX CAZORLA
Cofundador da Bonadrone
https://youtu.be/uJ_AbHfl0sQ

O acrónimo STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) é uma das palavras da moda. Cada vez que alguém pergunta como enfrentar as futuras revoluções digitais ou se formulam cenários de profissões do futuro, o STEM surge como estrela. Trata-se de um simples capricho ou de uma evidência comprovada? De acordo com um estudo da Randstad Research, em 2022 serão necessários em Espanha 1.25 milhões de postos de trabalho qualificados para fazer face à digitalização e robotização da grande maioria das tarefas produtivas. Neste caso, poderia afirmar-se que, para evitar que os robôs acabem por nos roubar o trabalho, o melhor é aprender a construí-los e programá-los. Curiosamente, embora se conheça a necessidade de formação em STEM para enfrentar esta grande mudança, o número de licenciados nestas áreas não aumenta de ano para ano. Antes pelo contrário: em 2021, espera-se que se formem cerca de 57 600 estudantes, um número bastante inferior aos 69 113 que o fizeram em 2016. Este défice também pode ser observado no mercado de trabalho, onde, segundo a Adecco, existem menos 60% de engenheiros informáticos do que os atualmente necessários em toda a Europa.
Geralmente consideradas matérias difíceis, a ciência em geral (e a matemática em particular) despertaram demasiadas vezes a antipatia dos mais jovens. É uma ideia injusta que esconde, sem dúvida, uma forma pouco feliz de as ensinar que talvez tenha travado um bom número de vocações. A empresa catalã Bonadrone nasce precisamente com o objetivo de despertar vocações científicas. Para isso, desenvolveu kits de construção de drones que incluem material docente centrado no desenho CAD, na impressão 3D, na eletrónica ou na programação. "Queremos levar as novas tecnologias aos estabelecimentos de ensino, pois é lá que se cria o potencial do futuro", garante Alex Cazorla, cofundador da Bonadrone. "O que vemos hoje é que muitos professores querem ensinar novas tecnologias, mas não sabem como. Queremos disponibilizar todas as ferramentas para que isso seja possível." Com a ajuda dos professores, os alunos não só montarão os seus drones, como terão também a tarefa contínua de programar o aparelho e de incluir sensores que lhes permitirão desenvolver diferentes projetos.
Segundo Cazorla é necessária uma mudança de mentalidade em relação a uma forma de ensino que se está a tornar obsoleta: "O ensino ainda é unidirecional, ou seja, o professor explica e os alunos ouvem. Não consideramos que seja um bom sistema de aprendizagem." Defende uma mudança de sistema segundo a qual "o protagonista será o aluno e não o professor. O professor tem de ser apenas mais uma ferramenta do sistema educativo."
Entrevista e edição: Azahara Mígel, Cristina del Moral
Texto: José L. Álvarez Cedena


in: https://www.publico.pt/2019/09/19/culto/noticia/mau-comportamento-infancia-insonia-idade-adulta-1887168



Problemas de comportamento na infância, insónia na idade adulta
Os resultados do estudo destacam a importância de abordar os problemas de comportamento e os problemas de sono durante a infância.
Reuters 
19 de Setembro de 2019, 14:37


NRD/UNSPLASH
Tratar os problemas de comportamento na infância pode ter o benefício de reduzir o risco de insónia na idade adulta, sugere um estudo recente, no qual 8050 pessoas foram acompanhadas ao longo de mais de quatro décadas, e que avaliou os problemas de comportamento nas idades de 5, 10 e 16 anos e, em seguida, inquiriu sobre os hábitos de sono quando os participantes tinham 42 anos.
Aos 5 anos, 78% das crianças tiveram um comportamento normal, enquanto 13% tiveram problemas comportamentais moderados e 4% tiveram problemas comportamentais graves. As crianças com problemas graves de comportamento tiveram 39% mais probabilidade de ter insónia em adultos do que as crianças que tinham um comportamento normal, avançam os investigadores do JAMA Network Open.
“A ligação entre comportamento infantil e insónia na idade adulta pode ser parcialmente explicada por problemas de sono na infância”, justifica Yohannes Adama Melaku, autora do estudo e investigadora do Instituto de Saúde do Sono de Adelaide, da Universidade de Flinders, na Austrália.
Assim, “o tratamento de problemas comportamentais e de sono durante a infância pode reduzir o risco de insónia na idade adulta”, explica Melaku por e-mail. “Estabelecer comportamentos saudáveis do sono em criança é importante para a prevenção da insónia na idade adulta, reforça.
A equipe de Melaku analisou dados de um estudo contínuo de um grupo de crianças nascidas no Reino Unido em 1970. Durante a infância e a adolescência, os investigadores pediram aos pais que avaliassem com que frequência as crianças tinham vários comportamentos como estar inquieto, destruir ou danificar coisas, brigar ou discutir com outras crianças, não ser apreciado pelos pares, preocupar-se com muitas coisas, ser solitário, estar com medo ou ansioso, faltar à escola, ficar aborrecido em situações novas, ou ser vítima ou agressor em caso de bullying.
Para avaliar os sintomas de insónia na infância, os investigadores perguntaram aos pais com que frequência os filhos não conseguiam adormecer, tinham problemas para adormecer ou ter um sono contínuo. Em adultos, os participantes foram submetidos a perguntas semelhantes. Durante a infância, cerca de 25% das crianças com 5 anos e 16% das mais velhas tinham dificuldades de sono.
Em adultos, os participantes do estudo com problemas de sono moderado a grave durante a infância tiveram 40% mais hipóteses de ter insónia do que aqueles sem problemas de sono na infância. Aqueles sem problemas de sono aos 5 anos, mas que desenvolveram problemas de sono moderado a grave aos 16 anos tinham 34% mais possibilidades de ter insónia em adultos.
Depois de se ajustarem a outros factores que poderiam influenciar o risco, os investigadores calcularam que aproximadamente 16% da associação entre problemas de comportamento na infância e insónia na idade adulta poderia ser explicada por dificuldades para dormir aos 5 anos. Mas a natureza exacta dessa conexão não é clara e requer mais investigação, defendem os autores.
Os resultados do estudo destacam a importância de abordar os problemas de comportamento e os problemas de sono durante a infância, antes que as crianças desenvolvam padrões que possam dificultar o descanso de que precisam mais tarde na vida, refere Nicole Racine, psicóloga da Universidade de Calgary e Alberta, que não esteve envolvida no estudo.


segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Berta Isla - Javier Marías

Dia internacional dos Museus

  O Dia Internacional dos Museus , celebrado anualmente a 18 de maio, foi organizado pela primeira vez em 1977, pelo ICOM (International Cou...