segunda-feira, 28 de maio de 2018









O Ano da Morte de Ricardo Reis
Encontrando-se, pela primeira vez, dentro das obras de leitura e exploração obrigatória no programa de Português do Ensino Secundário, “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, de José Saramago foi alvo de uma parceira entre o Departamento de Português e a Biblioteca da ESLA. Numa actividade de apoio ao currículo, uma das vertentes da sua acção, durante 35 minutos foi feita uma recapitulação da análise da obra, tocando os aspectos essenciais presentes no programa curricular da disciplina em turmas do 12º ano, aproveitando-se para incidir em aspectos que os alunos consideraram mais desafiantes, proporcionando uma maior segurança na sua preparação para os momentos de avaliação oral e escrita.
Agradecemos às turmas e às docentes colaborantes.






Khan Academy/Fundação PT

No passado dia 9 de maio, decorreu na Biblioteca da ESLA uma formação sobre a Khan Academy. Uma parceria entre a Rede de Bibliotecas Escolares, a Fundação PT e a Khan Academy destinava-se a professores de Matemática, de Inclusão e Bibliotecários.
A missão da Khan Academy é proporcionar uma educação gratuita e de alta qualidade a qualquer pessoa, esteja onde estiver. Esta formação incidiu sobre a exploração do site da Khan Academy dedicado à Matemática que proporciona uma experiência personalizada no mundo da Matemática. As missões permitem ao aluno receber sugestões do que aprender a seguir, relembram-no do que aprendeu e guardam o seu progresso.
Disponível em https://pt-pt.khanacademy.org/math, teve como formadora a técnica Susana Colaço, da Fundação PT, a quem agradecemos a inestimável colaboração.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

12ª edição do Concurso

Sophia de Mello Breyner Andresen

É com enorme satisfação que a Biblioteca da ESLA anuncia que duas alunas da Escola Secundária Dr.ª Laura Ayres foram premiadas no prestigiado Concurso Literário Sophia de Mello Breyner Andresen, uma iniciativa das Bibliotecas Municipais de Loulé e de Lagos. iniciativa que tem como principal objetivo incentivar para a leitura das obras desta escritora. A este concurso, apresentaram trabalhos os estudantes do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário ou equiparado, da região do Algarve. 

Foram admitidos neste concurso trabalhos de poesia, prosa ou ensaio, em língua portuguesa, ilustrações e fotografia (originais e inéditos até à data de decisão final) que incidiram sobre a obra literária de Sophia de Mello Breyner Andresen. 

A aluna Adriana Vaz, 11ºB, venceu a categoria Fotografia. Foi a primeira vez que um aluno da ESLA venceu uma categoria neste concurso. A aluna Gema Prado, do 10ºE ficou em segundo lugar na categoria Poesia. A entrega dos prémios decorreu no passado sábado, consistindo os mesmos em vales para descontar em papelarias do Concelho de Loulé no valor de respetivamente 300 (1º prémio) e 200 euros (2º prémio). 









terça-feira, 24 de abril de 2018

in: https://www.publico.pt/2018/04/21/sociedade/entrevista/a-internet-e-uma-oportunidade-de-proximidade-entre-pais-e-filhos-1811029


ENTREVISTA DANIEL SAMPAIO
“A Internet é uma oportunidade de proximidade e não de conflito” entre pais e filhos
Drogas, álcool e sexualidade continuam a ser questões que marcam a adolescência. Mas agora também se vivem na Internet, essencialmente através do telemóvel. No livro Do telemóvel para o mundo, Daniel Sampaio oferece um guia prático sobre como os pais de adolescentes podem lidar com estas questões e utilizar a Internet como forma de aproximação e não de conflito.
21 de Abril de 2018, 7:30
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Depois de mais de duas dezenas de livros publicados, Daniel Sampaio voltou a escrever. Desta vez para os pais de adolescentes na era do telemóvel. RUI GAUDÊNCIO
Em Do Telemóvel para o Mundo — pais e adolescentes no tempo da Internet, Daniel Sampaio fala da Internet como “um ponto de encontro entre gerações”. Uma “coisa maravilhosa”.
No seu 27.º livro o psiquiatra propõe um guia prático sobre como lidar com adolescentes, num tempo em que o telemóvel passou a ser uma extensão deles próprios. Equilíbrio, confiança e afecto são palavras-chave. E faz questão de sublinhar: apesar das mudanças tecnológicas “os pais continuam a ser o mais importante de tudo”.
No livro sente necessidade de explicar com algum detalhe as principais redes sociais utilizadas pelos jovens. Além disso, sublinha que os pais precisam de melhorar a sua literacia digital. Os pais ainda não sabem o suficiente sobre a Internet onde os filhos navegam?
Estão longe de saber. Os pais sabem o que é o Facebook e o Instagram, mas não sabem como é que os filhos os utilizam. Evidentemente que para algumas pessoas aquela informação pode parecer excessiva, mas o que eu pretendi foi descrever a evolução, por exemplo, do Facebook, que é sobretudo utilizado para promover eventos e festas de anos, e muito pouco como rede social de comunicação. Enquanto o Instagram e o Whatsapp são muito mais utilizados para comunicar. A tónica do livro é que os pais devem conhecer e dialogar e não devem controlar, como alguns fazem, espiando o telemóvel ou colocando filtros.
Então como é que pode haver algum controlo por parte dos pais?
Defendo que desde o tempo da infância, os pais ajudem os filhos a utilizar a Internet, de modo a que eles possam interiorizar as regras desde muito cedo. Estou a falar dos quatro, cinco anos de idade. E que aos 10 anos, quando têm o telemóvel, exista novamente uma conversa sobre a utilização do telemóvel. O que é importante é que os pais estejam à vontade para poder perguntar "O que é que estás a colocar na Internet?", "O que estás a ver?", "Vamos falar".
Refere ao longo do livro a importância de que os pais preservem a privacidade dos filhos. Mas como é que podem "arrancar" alguma coisa dos jovens e adolescentes sem comprometer a sua privacidade?
Esse é o grande desafio da adolescência: promover a autonomia, sem perder o controlo. É um equilíbrio. Como é que se equilibra? Através da confiança. Se houver essa preocupação em falar e a partilha do que se passa na Internet e na escola, do que eles estão a sentir perante uma notícia na televisão... Se o clima familiar for de confiança, é mais fácil uma confidência. Por isso é que digo que a Internet é uma oportunidade de proximidade e não de conflito e separação como por vezes vejo em algumas famílias.
Dicas para os pais de crianças e adolescentes na era do telemóvel
Dar um telemóvel: 
“Aos 10 anos, porque corresponde ao 5.º ano de escolaridade, em que têm menos tempo de aulas e ficam mais tempo sozinhos. O telemóvel pode ser útil.”
Explicar como funciona a Internet: 
“A explicação da Internet deve começar por volta dos quatro, cinco anos.”
Proibir o uso do telemóvel:
“Sobretudo à noite. O telemóvel não deve ser levado para o quarto de dormir e isso deve ser dito bem cedo. Para criar a regra. Depois, à hora das refeições.”
Permitir uma conta no Facebook: 
“Há uma regra deles [Facebook] que não é cumprida [quanto à idade mínima]. Eu diria 12, 13 anos, o início da adolescência. Mas com muitas regras.”
Regras a aplicar na utilização do Facebook:
“Aquelas que as pessoas sabem mas não cumprem. Não dar dados de identificação, como o nome, a idade certa, ou a escola onde se anda, não colocar imagens privadas, a não ser mais tarde, e não contactar com estranhos dando dados pessoais.”
Que fotos dos jovens e crianças se devem partilhar nas redes sociais: 
“O direito à reserva da imagem é muito importante. Ter muito cuidado na infância. Deve haver uma grande cautela nisso.”
Que estratégia para conversar com os filhos:
“A mensagem é aproveitar pequenos momentos, seja no carro para a escola, no final de semana, quando vão tomar um café, a propósito de um programa de televisão... Aproveitar essa conversa que surge espontaneamente para poder transmitir alguns valores e algumas regras.”
Que conhecimento sobre a Internet é que os pais devem passar às crianças quando, por vezes, eles próprios também não têm grande conhecimento?
Estamos a falar de tecnologias que já têm alguns anos. Tem havido alguma dificuldade das pessoas em perceberem o impacto das novas tecnologias. É importante dizer que a Internet é uma coisa maravilhosa. Por isso é que falo do telemóvel para o mundo, porque o telemóvel hoje abre as fronteiras de todo o mundo e permite contactar em todo o lado. Mas é preciso explicar que depende da forma como se utiliza. E é preciso explicar que é preciso usar com regras, com parcimónia, não invadir os tempos familiares essenciais — o pequeno-almoço, a partida para a escola, a chegada a casa, o jantar e deitar. Que as crianças e os adolescentes possam usar o telemóvel como uma coisa boa e que não seja uma fonte de conflito.
Mas também aponta que os jovens saem do Facebook porque os adultos estão lá.
Sim. Neste momento, o Facebook é abandonado pelos adolescentes porque é um território que foi apanhado pelos adultos. Eles querem sempre ter um território mais privado que seja seu. É bom que exista um território de comunicação privado entre os jovens, para que eles possam comunicar entre si, mas que também possam comunicar com os adultos.
O que muda na forma como os jovens passam pela adolescência agora que estão apetrechados com smartphones?
Com a Internet, de uma forma geral, é tudo muito diferente. Tínhamos um paradigma para compreender a adolescência que era família, grupo de amigos e escola. Víamos que um adolescente estava bem com os pais, tinha amigos e estava bem na escola, então estaria bem. Hoje em dia, isso continua a ser importante. Os pais continuam a ser o mais importante de tudo na adolescência. Os amigos são muito importantes na fase média da adolescência, entre os 15 e os 17 anos, mas surgiu agora esta comunicação em rede. É preciso perceber que isso se traduziu numa forma muito diferente de encarar o corpo adolescente, a sexualidade, a forma de falarem uns com os outros, foi tudo muito alterado. O livro é dedicado aos pais, que têm de saber cada vez mais sobre isso para poderem comunicar melhor. Eu fiz um capítulo só sobre a sexualidade porque encontro muitas dúvidas dos pais sobre a sexualidade dos filhos.
É preciso explicar que se deve usar [o telemóvel] com regras, com parcimónia, não invadir os tempos familiares essenciais
No campo da pornografia e da sexualidade, como é que a Internet torna estes temas ainda mais complexos?
Esse é um tema muito interessante que resolvi incluir no livro. No meu contacto com os jovens adolescentes, percebi que sobretudo os rapazes vêem muita pornografia porque é muito fácil de aceder. A grande questão da pornografia é que deve ser discutida. Para já, é uma indústria. Depois, há uma exploração do corpo da mulher. E ainda introduz uma dimensão que não corresponde à vida normal das pessoas. É um tema que se deve falar frontalmente e sobre o qual acho que eles estão desejosos de conversar.
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Também fala da falta de educação sexual nas escolas. Isto ainda é um problema?
Fui coordenador do grupo de trabalho que deu origem à lei da educação sexual em 2009. Fomos nós que propusemos os programas de educação sexual que depois foram convertidos em lei. O que eu verifico nas escolas é que isso está reduzido ao mínimo. A uma hora ou duas por ano. E isso acho que faz imensa falta. As pessoas pensam que educação sexual é falar de sexo. Mas é sobretudo falar de educação e tem a ver principalmente com a ética na sexualidade. Com a relação rapaz/rapariga, com a homossexualidade, com o respeito entre as diferentes pessoas, com a contracepção, o conhecimento do corpo. Tem a ver com uma série de conteúdos adequados à idade que se deviam dar nas escolas. Para isso era preciso que os professores continuassem a preparação que na altura tiveram.
Aproximar pais e filhos em torno das novas tecnologias e daquilo a que chama a "pequena conversa" são dois aspectos que considera cruciais. O que impede que isto aconteça?
Acho que isso é sobretudo um problema dos pais. Porque os pais continuam com uma ideia de que é preciso falar muito a sério com os filhos sobre estes temas. Essa é uma ideia que eu acho que é do passado. Isso foi-me transmitido pelos jovens com quem trabalhei para este livro. Trabalhei com um grupo de quatro jovens, com quem fiz um debate de duas horas sobre todas estas questões. Todos eles - três rapazes e uma rapariga - me disseram que a conversa séria com os pais não resulta.
A grande maioria dos jovens vive [a adolescência] como um bom período.
É aí que surge a “parentalidade construtiva”. Os pais ainda têm de aprender a ser construtivos?
Completamente. [Esse conceito] é uma coisa que resulta da investigação. O que se sabe hoje em dia é que o estilo parental é muito importante. Sabe-se que os pais que têm autoridade sem autoritarismo e ao mesmo tempo estão envolvidos afectivamente com os filhos, promovem uma adolescência mais saudável. Os pais que têm um grande autoritarismo e aqueles que são mais permissivos contribuem para uma adolescência com mais problemas. Essa eficácia parental tem muito a ver com o amor firme, mas ao mesmo tempo com o amor afectivo. É isso que se chama parentalidade construtiva.
Dá o exemplo de um pai que lhe coloca uma questão sobre partilhar um “charrinho” com o filho de 15 anos. Isto é muito perigoso?
É, porque é completamente diferente utilizar os derivados da cannabis num adulto e num adolescente. Nós podemos dizer que a cannabis na adolescência prejudica as tarefas da adolescência. Porque diminui a concentração e a atenção. Eles têm mais tendência a fracassar na escola. Aparecem uma série de conflitos familiares resultado do uso das drogas. A adolescência é mais problemática. Num adulto é completamente diferente. Um adulto já tem a sua vida feita e as repercussões são diferentes. Quando o chamado “pai camarada” faz isso com o filho ao lado, está a dizer que não tem importância nenhuma.
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No livro faz questão de referir que a adolescência não é um período tão negro como muitos o pintam. 
Sim. Isso tem uma razão histórica. Durante muito tempo, a adolescência foi considerada uma espécie de doença. Quando se fala com muitos jovens verifica-se que é uma época boa, porque é de descoberta. É difícil para os pais. Na infância e na idade adulta dos filhos é mais fácil ser pai. Mas é preciso explicar que a grande maioria dos jovens a vive como um bom período.


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