terça-feira, 6 de junho de 2017

in: https://ionline.sapo.pt/artigo/566620/adolescentes-portugueses-continuam-a-consumir-bebidas-energeticas-apesar-dos-riscos?seccao=lifestyle_i

Adolescentes portugueses continuam a consumir bebidas energéticas apesar dos riscos
JORNAL I05/06/2017 19:59

Estudo envolveu centenas de adolescentes portugueses

Um estudo realizado, que envolveu centenas de adolescentes portugueses, concluiu que há uma elevada ingestão de bebidas energéticas, associadas ou não ao álcool, apesar do consumo destas não ser recomendado nesta idade.
O estudo foi publicado na edição de abril/junho da Ata Pediátrica Portuguesa – revista oficial da Sociedade Portuguesa de Pediatria – com o título “Bebidas energéticas: Qual a realidade na adolescência?” e orientado por pediatras do Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, e do Centro Hospitalar São João, no Porto.
Para a realização deste estudo foram analisadas respostas de 704 adolescentes, com idades compreendidas entre os 14 e os 19 anos. Este estudo revela que 76% dos jovens já tinham experimentado bebidas energéticas, tendo ocorrido a primeira ingestão entre os 12 e os 15 anos, em 85% dos casos.
Recorde-se que estas bebidas têm um elevado teor de cafeína, e são adicionadas outras substâncias, como é o caso de hidratos de carbono, aminoácidos, vitaminas e extratos de plantas.
Entre os vários efeitos adversos que estas bebidas provocam, estão a taquicardia, a agitação cefaleia, insónias, desidratação, tonturas, ansiedade, irritabilidade, tremores, aumento da tensão arterial e distúrbios gastrointestinais.
Com o consumo regular de bebidas enérgitcas, todos estes sintomas são agravados, fazendo com que as pessoas tenham convulsões, hemorragias, arritmias ou até mesmo alucinações e “podendo mesmo levar à morte”.
 
Em Portugal, existem poucos estudos relativos a esta temática que evidenciem a verdadeira realidade do consumo de bebidas energéticas na população dos


quinta-feira, 1 de junho de 2017

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

in:http://lifestyle.sapo.pt/familia/crianca/artigos/esta-a-proteger-demasiado-o-seu-filho?artigo-completo=sim

ESTÁ A PROTEGER DEMASIADO O SEU FILHO?
Nos dias de hoje as crianças já não correm nem brincam na rua como antigamente. Será que está a educar bem o sistema imunológico do seu filho?


Investigações recentes e especialistas confirmam que ambientes excessivamente esterilizados podem aumentar a propensão para desenvolver alergias. Será que está a educar bem o sistema imunológico do seu filho? Ao proteger o seu filho dos supostos perigos do ambiente, poderá estar a impedir o adequado desenvolvimento do seu sistema imunológico. São vários os estudos e os especialistas que o comprovam. Uma investigação recente apresentada no Congresso Internacional da European Respiratory Society concluiu que as bactérias presentes na pele e no pelo de animais podem proteger a criança de alergias no futuro.
O estudo, realizado em Munique na Alemanha e divulgado pelo jornal britânico The Independent, analisou durante dez anos 2.441 crianças saudáveis e constatou que as crianças que dormiam sobre uma pele de animal, durante os seus primeiros três meses de vida, tinham menos 79 por cento de probabilidade de desenvolver asma, comparativamente com as crianças que não foram expostas à pele de animal. De acordo com os investigadores, os micróbios presentes numa pele de animal são os mesmos que se encontram nas zonas rurais.
Em investigações anteriores, já provaram serem eficazes na proteção contra a asma. Mas, afinal, que efeito têm estas bactérias no sistema imunológico de uma criança? Entrevistámos dois especialistas, uma pediatra e um imunoalergologista, que explicam o mecanismo que está por detrás desta aparente relação incoerente. Veja o que (não) deve fazer para proteger o seu filho.
Exposição precoce
«Várias investigações têm demonstrado a existência de um efeito protetor de um estilo de vida mais tradicional, com residência em meio rural e convivência com animais de estábulo, na expressão da doença asmática na criança», confirma Mário Morais de Almeida, imunoalergologista. Contudo, o momento em que ocorre esta exposição também importa. Há estudos que vão mais longe e que sugerem que a exposição precoce a determinadas bactérias favorece mais ainda este efeito protetor.
«Este efeito protetor ocorre essencialmente nas crianças expostas a animais de estábulo em idade precoce, ou seja no primeiro ano de vida. Mas, de acordo com os estudos realizados, este efeito é ainda maior quando as mães trabalham diariamente na quinta durante a gestação, pelo que a exposição pré-natal poderá ser um fator importante», alerta o especialista. Endotoxinas é, de acordo com os autores dos estudos citados por este imunoalergologista, o nome dos produtos bacterianos que desencadeiam este efeito protetor contra a asma.
Higiene adequada ou excessiva?
Outras investigações têm mostrado que há um aumento das alergias, nomeadamente da asma, rinite, eczema ou alergia alimentar, nos países industrializados e em classes sociais altas, onde há uma tendência a exagero da higiene e esterilização do ambiente e a uso de alimentos muito processados e pasteurizados. «Quanto mais estéril é o ambiente, maior é a incidência de alergias, como se o sistema imunitário cometesse um erro na interpretação e reconhecesse como nocivo vários elementos normais no ambiente», explica Mónica Pinto, pediatra. Esterilizar demasiado o ambiente é, aliás, de acordo com ambos os especialistas, um dos erros mais comuns cometidos pelos pais.
A pediatra alerta ainda para outros erros que deve evitar. «É frequente vermos bebés tapados com uma fralda, como que tentando filtrar o ar e proteger do vento, ou não os deixarem gatinhar livremente e manterem sempre em espreguiçadeiras, que lhes limitam os movimentos e os impedem de contactar com o exterior. Também a tendência de lavar demasiado os brinquedos e objetos está errada. É normal que a criança leve a areia à boca ou coma papel. Nada disso resultará num dano terrível e pode ajudar a fortalecer o seu sistema imunitário», elucida a especialista.
As bactérias que são amigas das crianças
De acordo com os especialistas, é importante a defesa da criança em relação a tóxicos ou bactérias perigosas, mas é igualmente importante que a criança contacte com o ambiente e com bactérias menos perigosas. Mónica Pinto explica que «expor a criança a estas bactérias permite educar o sistema imunitário, nomeadamente do sistema digestivo, em que as bactérias têm um papel importante e regulador. Mário Morais de Almeida faz o mesmo alerta. «A criança deve contactar e conviver com as bactérias que ajudam à maturação e aprendizagem do sistema imunitário», defende.
«Consequentemente, essas bactérias protegem a criança contra agentes/microrganismos patogénicos, sejam eles bactérias, vírus ou parasitas», acrescenta ainda. A explicação para este fenómeno aparentemente antagónico, está na «memória imunitária» desenvolvida pelo organismo. «Esta exposição ajuda a regular e fortalecer o sistema imunitário, ajudando a estabelecer uma memória imunitária e ajudando o organismo a lidar com o ambiente e a selecionar os estímulos nocivos, contra os quais deve desencadear a resposta imunitária», explica Mónica Pinto.
A especialista alerta ainda que «a higiene normal é benéfica, mas higiene é diferente de esterilizar o ambiente. A criança deve estar lavada, mas deve contactar com o ambiente normal, incluindo as poeiras, pelos, bactérias e substâncias que a envolvem. Se a criança não reconhece estas substâncias como normais, acaba por desenvolver uma reacção imune exagerada mais tarde, ou seja uma reação alérgica».
4 hábitos que protegem o sistema imunitário
Os cuidados que protegem o seu filho sem alterar a sua resposta imunológica:
1. Mantenha uma boa higiene diária (banho diário, lavagem das mãos, da cara e dos dentes, por exemplo), mas sem exageros e deixe a criança contactar com o ambiente. A criança deve andar destapada, deve poder explorar o ambiente, andar e gatinhar pelo chão, mexer em animais, plantas e objetos.
2. Promova o contacto com a natureza. É importante voltar a pisar a terra. Frequentar jardins e brincar com animais devem ser atividades e hábitos a manter, de acordo com a realidade social e possibilidades de cada família.
3. Prefira o aleitamento materno e a dieta mediterrânica e, se possível, evite o parto por cesariana. Vários estudos comprovam que estes são cuidados essenciais na prevenção de infeções.
4. Evite o uso de antibióticos. A maioria das infeções, nomeadamente as respiratórias, frequentes nesta época do ano, são de origem viral, nas quais não existe indicação para o uso de antibióticos. Geralmente, o controlo da febre e a hidratação adequada são suficientes. Se estiver indicado um tratamento antibiótico, este deverá ser feito com medicamentos tão selectivos quanto possível, adaptados a cada caso, evitando o uso de antibióticos de largo espetro. Converse com o médico de família ou pediatra.

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

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DÉFICE DE ATENÇÃO E PERTURBAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO NA INFÂNCIA
Especialista defende que não é um transtorno de défice de atenção mas, sim, um transtorno de variabilidade da atenção por incapacidade de controlo, inibição e adequação comportamental.

Hispanic girl looking at spider specimen in plastic

Vivemos numa época em que é comum encontrarmos crianças que parecem simplesmente não se interessar por nada. A escola não as motiva, as relações com os amigos e com os colegas são escassas e, por vezes, complicadas. Os mais pequenos vivem alheados na sua hipoatividade ou na sua hiperatividade. Não focam, não planeiam e não concretizam Uma situação que preocupa muitos pais e educadores.
Infelizmente as crianças e os adolescentes que apresentam este tipo de sintomas são usualmente, ainda que muitas vezes erradamente, diagnosticadas com perturbação de hiperatividade e défice de atenção (as siglas de PHDA) e medicadas em função de uma eventual disfunção cerebral por falta de dopamina na região do córtex pré-frontal, que afeta o desenvolvimento das funções executivas do cérebro.
As explicações dos especialistas
Atualmente estima-se que 90% das crianças diagnosticadas não tenham efetivamente um metabolismo anormal da dopamina que é o que verdadeiramente caracteriza esta perturbação. O que é que se passa então com estas crianças/adolescentes? Numa pesquisa feita recentemente, a especialista Nicole Brown concluiu que algumas crianças diagnosticadas com este problema sofrem, em primeiro lugar, de outros temas que nenhum estimulante pode tratar.
Independentemente de poderem vir a ter um diagnóstico de PHDA, a verdade é que existem fatores emocionais que estão a desencadear os sintomas verificados e que têm que ser tratados, antes de se pensar em qualquer alternativa farmacológica. Défice de atenção ou perturbação de concentração então? Muito se tem discutido se esta perturbação é física e/ou emocional, no sentido da existência ou não de um transtorno cerebral.
Uma discussão insípida, na medida em que exista ou não na criança um compromisso a nível cerebral (apenas confirmado através de exames ao cérebro), existem sempre fatores emocionais que contribuem para o aparecimento dos sintomas verificados e que são irmãos gémeos de um funcionamento neurofisiológico/emocional que dificulta o foco, a atenção voluntária, o domínio de si e a escolha intencional.
Um reflexo dos tempos que vivemos
A verdade é que, infelizmente, o aumento exponencial do número de crianças medicadas tem origem na crença de que se trata de uma perturbação biológica. A diferença entre a percentagem de crianças diagnosticadas com PHDA em países como os Estados Unidos da América e em França é de 9% para 0,5%, respetivamente, porque em França se acredita que é um distúrbio de origem psicossocial, que deve ser tratado com psicoterapia e aconselhamento familiar.
Ainda vivemos numa época em que as intervenções em crianças com condutas concordantes com o diagnóstico de PHDA se baseiam muito na procura soluções rápidas, fáceis e eficazes, pelo menos a curto prazo. É o reflexo desta ditadura de sucesso em que vivemos. Generalizou-se a intervenção farmacológica, através da utilização do metilfenidato, componente da medicação psicostimulante utilizada.
Atualmente, este já é considerado um gadget da modernidade e a intervenção de tipo cognitivo-comportamental, com o objetivo de influenciar/alterar o comportamento da criança, de forma a melhorar a sua conduta, o seu desempenho e o seu rendimento académico. Será que os pais de hoje protegem demasiado os filhos? Para saber o que dizem os especialistas que contactámos,
As (más) abordagens atuais
Estes não atuam, contudo, na causa, no que estás por detrás de todos os sintomas evidenciados. Acredito que mesmo nas situações em que se verifica um comprometimento no funcionamento físico do organismo, o que nem sempre acontece. Existem situações em que este ficou interrompido por fatores emocionais regredidos que colocaram o corpo num estado de depressão interna, de fuga e de alheamento.
Um estado que não permitiu o salutar desenvolvimento do córtex pré-frontal e com ele a possibilidade de modular os estímulos sensoriais e emocionais, justificam os especialistas. A perturbação de hiperatividade e défice de atenção não é um transtorno de défice de atenção mas, sim, um transtorno de variabilidade da atenção por incapacidade de controlo, inibição e adequação comportamental.
São questões emocionais inconscientes que estão na base de 80% dos índices de distratibilidade. Nada disto pode continuar a ser deixado ao acaso. É fundamental que os profissionais de saúde se consciencializem que não podem continuar a olhar para as disfunções neurofisiológicas de forma isolada mas sim, como o reflexo de um mecanismo composto pela tríade corpo, mente e espírito, que se encontra bloqueada.
É preciso trazer estes jovens de volta à vida e ir à raiz deste funcionamento psicofisiológico. O maior compromisso que estas crianças e adolescentes apresentam é um compromisso consigo próprias e com a sua capacidade de adequação ao mundo. Os seus padrões comportamentais não são mais do que a externalização do mal-estar interno que governa as suas vidas. E os seus corpos são o reflexo disso!
Texto: Ana Galhardo Simões (psicoterapeuta corporal)


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