quarta-feira, 19 de março de 2014



O legado da antiguidade no português contemporâneo
Palestra dinamizada pela

Professora Adriana Nogueira 

da Universidade do Algarve

Fomos beneficiados pela presença e pelas doutas palavras da Professora Adriana Nogueira que teve uma grande assistência por parte dos alunos da Nossa escola. 









Biblioteca
Semana Nacional de Leitura
“O Legado da Antiguidade no Português Contemporâneo”
por 
ADRIANA NOGUEIRA



Professora da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve

Terça-feira, 18 de março, às 10:30h

Adriana Nogueira doutorou-se em 2001 em Literatura e Cultura Clássicas pela Universidade do Algarve e é Professora Auxiliar na mesma universidade. Foi Bolseira Fulbright em 2000, na Universidade de Cornell (EUA). É membro da Associação Portuguesa de Estudos Clássicos e pertence aos Órgãos Sociais da Associação de Bolseiros e Amigos do Programa Fulbright.
Autora de dezenas de artigos científicos publicados em várias revistas e jornais nacionais e internacionais, foi docente de várias licenciaturas e mestrados; arguente e orientadora de dissertações de Mestrado e de teses de Doutoramento. Também é autora de diversas obras literárias e de crítica literária. Foi organizadora e participante em múltiplos encontros, colóquios, conferências dentro e fora do país.
Dirigiu diferentes cursos (atualmente é diretora do curso de mestrado em Produção, Edição e Comunicação de Conteúdos), foi Vice-Presidente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Diretora do Departamento de Artes e Humanidades e, presentemente, é Diretora das Bibliotecas da Universidade do Algarve.

A nossa convidada tem na Antiguidade Clássica a sua grande paixão. Também tem a particularidade de ter estudando cerca de uma dezena de línguas estrangeiras.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Sophia AndresenSophia de Mello Breyner AndresenPortugal
6 Nov 1919 // 2 Jul 2004Poeta
  
  
Esta GenteEsta gente cujo rosto 
Às vezes luminoso 
E outras vezes tosco 

Ora me lembra escravos 
Ora me lembra reis 

Faz renascer meu gosto 
De luta e de combate 
Contra o abutre e a cobra 
O porco e o milhafre 

Pois a gente que tem 
O rosto desenhado 
Por paciência e fome 
É a gente em quem 
Um país ocupado 
Escreve o seu nome 

E em frente desta gente 
Ignorada e pisada 
Como a pedra do chão 
E mais do que a pedra 
Humilhada e calcada 

Meu canto se renova 
E recomeço a busca 
De um país liberto 
De uma vida limpa 
E de um tempo justo 

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Geografia" 
http://www.citador.pt/poemas/esta-gente-sophia-de-mello-breyner-andresen
Agostinho da SilvaAgostinho da SilvaPortugal1906 // 1996Filósofo/Poeta/Ensaísta
  
  
A Hipocrisia do Amor ao PovoEstes amam o povo, mas não desejariam, por interesse do próprio amor, que saísse do passo em que se encontra; deleitam-se com a ingenuidade da arte popular, com o imperfeito pensamento, as superstições e as lendas; vêem-se generosos e sensíveis quando se debruçam sobre a classe inferior e traduzem, na linguagem adamada, o que dela julgam perceber; é muito interessante o animal que examinam, mas que não tente o animal libertar-se da sua condição; estragaria todo o quadro, toda a equilibrada posição; em nome da estética e de tudo o resto convém que se mantenha.
Há também os que adoram o povo e combatem por ele mas pouco mais o julgam do que um meio; a meta a atingir é o domínio do mesmo povo por que parecem sacrificar-se; bate-lhes no peito um coração de altos senhores; se vieram parar a este lado da batalha foi porque os acidentes os repeliram das trincheiras opostas ou aqui viram maneira mais segura de satisfazer o vão desejo de mandar; nestes não encontraremos a frase preciosa, a afectada sensibilidade, o retoque literário; preferem o estilo de barricada; mas, como nos outros, é o som do oco tambor retórico o último que se ouve. 
Só um grupo reduzido defende o povo e o deseja elevar sem ter por ele nenhuma espécie de paixão; em primeiro lugar, porque logo reprimiriam dentro em si todo o movimento que percebessem nascido de impulsos sentimentais; em segundo lugar, porque tal atitude os impediria de ver as soluções claras e justas que acima de tudo procuram alcançar; e, finalmente, porque lhes é impossível permanecer em êxtase diante do que é culturalmente pobre, artisticamente grosseiro, eivado dos muitos defeitos que trazem consigo a dependência e a miséria em que sempre o têm colocado os que mais o cantam, o admiram e o protegem. 
Interessa-nos o povo porque nele se apresenta um feixe de problemas que solicitam a inteligência e a vontade; um problema de justiça económica, um problema de justiça política, um problema de equilíbrio social, um problema de ascensão à cultura, e de ascensão o mais rápida possível da massa enorme até hoje tão abandonada e desprezada; logo que eles se resolvam terminarão cuidados e interesses; como se apaga o cálculo que serviu para revelar um valor; temos por ideal construir e firmar o reino do bem; se houve benefício para o povo, só veio por acréscimo; não é essa, de modo algum, a nossa última tenção. 

Agostinho da Silva, in 'Considerações" 
http://www.citador.pt/textos/a-hipocrisia-do-amor-ao-povo-agostinho-da-silva


A nossa colega Patrícia Soares, 12º A, doou livros à Vossa biblioteca.

Vem ver/ler.  

OBRIGADO Patrícia.



EVA
O projeto EVA esteve novamente na Vossa biblioteca
Vem às quartas também.








quinta-feira, 6 de março de 2014


Key for Schools
Queres preparar-te para os exames de 9º ano?
Chegou à Vossa biblioteca 1 manual com testes para praticares.
Há um outro manual para confirmares e corrigires as tuas respostas.

Vem até cá e prepara-te convenientemente.

Berta Isla - Javier Marías

Dia internacional dos Museus

  O Dia Internacional dos Museus , celebrado anualmente a 18 de maio, foi organizado pela primeira vez em 1977, pelo ICOM (International Cou...