Dia Mundial da Saúde Mental
Que dias há que na alma me
tem posto
Um não sei quê, que nasce
não sei onde;
Vem não sei como; e dói não
sei porquê.
(Luís Vaz de Camões, in Sonetos)
Dói-nos a cabeça. Tomamos aspirina. Dói-nos a garganta. Mel
e limão. A gripe assalta e vá de antigripais.
Passados momentos o alívio vem.
Pode durar dias, mas não dura mais.
E quando dói a alma? E quando estamos tristes e nos sentimos
sós? E quando nos assaltam dores incorpóreas feitas de impotência, frustração,
insegurança, desamor de nós, desamor da vida?
E aquele mal de alma,
avassalador, que se chama depressão e nos vai engolindo, qual pântano voraz?
E
a ansiedade, o medo do futuro, o cáustico stress? E aquela vontade, já
desesperada, de desaparecer e aparecer no nada?
Muitas são as formas de problemas mentais. Mas, como hoje
celebramos a saúde mental e sobre tal assunto muita água corre, fiquemos apenas
com alguns sinais:
Buscar um ombro amigo e desaguar…Seja com lágrimas ou com
desabafos…. Dar esse ombro amigo e ser solidário… Sentir empatia e nunca
julgar…Procurar ajuda até a encontrar…E ter confiança…E sentir esperança…Não há
nuvens negras que o vento não leve…Não há noites escuras sem alvorecer…E quem
sabe um dia, sem saber porquê, acordemos sorrindo ao amanhecer.
Isabel
Bita