terça-feira, 24 de abril de 2018

quinta-feira, 19 de abril de 2018



in: https://www.publico.pt/2018/04/19/culturaipsilon/noticia/quando-se-le-em-crianca-o-cerebro-cresce-diz-carlos-fiolhais-1810887

“Quando se lê em criança, o cérebro cresce”, diz Carlos Fiolhais

Para assinalar dez anos de vida literária, João Manuel Ribeiro organizou as jornadas 10 de Letra. Primeiro no Porto e agora em Lisboa. Carlos Fiolhais é um dos convidados.





“Devo aos livros aquilo que sou. Só me conheço a ler”, diz Carlos Fiolhais DANIEL ROCHA

Começou a ler cedo, “ainda antes da escola”, e não tem dúvidas de que, “quando se lê em criança, o cérebro cresce, desenvolve-se, eu sou a prova disso”. Quem assim fala é o físico Carlos Fiolhais. “Devo aos livros aquilo que sou. Só me conheço a ler, foi assim que conheci mundos que não conhecia”, diz o cientista e um dos oradores das Jornadas Literárias 10 de Letra que decorrem nesta quinta-feira, em Lisboa, na Sociedade Portuguesa de Autores (a partir das 17h30). Uma conferência que comemora os dez anos de livros de João Manuel Ribeiro, autor de mais de 50 títulos e editor da Trinta por Uma Linha.
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Carlos Fiolhais diz ver os livros como “uma grande invenção que pôs os cérebros a comunicar” e “que, de uma forma compacta, nos levou à revelação e ao conhecimento”. Conta ao PÚBLICO que foi para cientista porque na adolescência descobriu, em bibliotecas, livros de divulgação científica: “O meu cérebro escolheu um caminho. Um livro é um abridor de portas. Eu descobri que o mundo é misterioso e quis ajudar a desvendar o mistério da sua formação.”
Sobre os destinatários das obras, crianças, jovens ou adultos, diz: “Os livros são de quem os apanhar, a idade é algo que nem sempre se percebe. Já escrevi a pensar que era para ser lido por adultos, mas foram os mais jovens que os preferiram.” O contrário também já lhe aconteceu.
No caso de João Manuel Ribeiro, que escreveu o primeiro livro para a infância em 2008 (Rondel de Rimas para Meninos e Meninas, ilustrado por Anabela Dias), a entrada neste segmento deu-se por acaso. Convidaram-no, num colégio com que colaborava, para escrever uma história de Natal. “Sem me dar conta da responsabilidade, escrevi um conto breve que foi do agrado dos alunos; no Natal seguinte, voltei a escrever outra história com igual aceitação. Nunca mais parei, Sem querer, contaminei-me com esta literatura e, desde então, vivo para ela, inteiramente.”
No passado, teve “participações poéticas esporádicas no Jornal de Notícias e no Diário de Notícias jovem”. Destes dez anos de letras, o que retém de mais relevante é a publicação do primeiro livro, “por ser o primeiro e abrir a porta a todos os outros, sobretudo os de poesia (ainda tão mal-amada)”; a publicação de Meu Avô, Rei de Coisa Pouca, “por ser autobiográfico e pelo imenso prazer que me deu escrevê-lo”; os encontros com os pequenos leitores, “nessa árdua mas deliciosa tarefa de ‘fazer’ leitores”, e “as recentes traduções no estrangeiro, pelo reconhecimento que proporcionam”.Foto
“Se não tivesse conhecido os teus livros, seria mais pobre”
E quem é que pode ficar indiferente a estas frases que algumas crianças lhe foram dirigindo durante a última década? “Gostava de ter sido teu companheiro de infância”; “tu só escreves poesia, mesmo quando escreves em prosa”; “esse livro [Meu Avô, Rei de Coisa Pouca] produziu em mim um sismo interior” e “se não tivesse conhecido os teus livros, seria mais pobre”.
O autor (doutorado em Ciências da Educação, pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, e Mestre em Teologia, pela Universidade Católica do Porto) criou recentemente a revista de literatura infantil e juvenil A Casa do João (com o Centro UNESCO de Amarante) e tem um propósito que extravasa a literatura: “Espero, luto e trabalho (quase sempre sem o conseguir) por um mundo justo, fraterno, plural, que seja, de facto, uma casa grande, de todos e para todos.”
Com estas jornadas, deseja “ajudar a descobrir que a literatura faz bem, é uma vitamina sem a qual nos tornamos ictéricos”. Espera também “chamar a atenção para a importância da literatura infantil e juvenil na vida das crianças (e não só) e contribuir para mostrar, apesar do seu destinatário e da sua especificidade, que é literatura como a outra; não é uma literatura menor”.
Diz Fiolhais: “Escrever bem é escrever para todos.” Depois, pergunta: “Para que idade é o Principezinho, de Saint-Exupéry?” E conclui: “Um bom livro fala-nos de coisas possíveis e impossíveis. Faz-nos pensar e sonhar. No Principezinho, há desde ciência a auto-ajuda.”
Quanto mais cedo, melhor
O cientista afirma ser viciado em leitura e não conseguir viver sem livros. “Quanto mais cedo se começar, melhor. Não me fizeram mal.” Recentemente, participou num projecto de livro e CD que fala de ciência a crianças dos três aos dez anos através de poesia e canções de José Fanha e Daniel Completo: Entre Estrelas e Estrelinhas — Este Mundo Anda às Voltinhas. “Procurei que os versos contivessem a lição de interrogar, observar, demonstrar. Uma chamada à ciência.” E diz gostar de cruzamentos, não de becos. “Cruzamentos de temas, de cérebros, de autores.”        
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O físico ainda não sabia o que iria dizer na conferência desta quinta-feira, mas tudo pode acontecer quando Carlos Fiolhais se entusiasma. A conversa com o PÚBLICO terminou na seguinte reflexão: “Por que seria que andavam de mão em mão as pombinhas da Catrina?”
As jornadas abrem com o psicólogo Eduardo Sá e a comunicação “As crianças e a leitura”. Segue-se um painel que reúne ainda os autores de literatura para a infância e juventude Luísa Ducla Soares e José Jorge Letria, sob o mote “A literatura, o indispensável supérfluo” e moderado por Helena Gatinho.
A encerrar, o presidente da Sociedade Portuguesa de Autores apresentará o livro Os Direitos das Crianças — Antologia Poética, que reúne poemas de cerca de 20 autores portugueses, espanhóis e brasileiros, como João Pedro Mésseder, José António Franco, Emiliana Carvalho (Brasil) António Garcia Teijeiro e Alfredo Ferreiro (Espanha).


segunda-feira, 16 de abril de 2018

in: https://www.publico.pt/2018/04/16/sociedade/noticia/habitos-de-sono-irregulares-aumentam-risco-de-obesidade-nos-rapazes-1810495

Hábitos de sono irregulares aumentam risco de obesidade nos rapazes
Os investigadores estudaram os hábitos de sono de 8273 crianças. Conclusões chamam a atenção para a necessidade de esforços adicionais para controlar os hábitos de sono durante a semana, especialmente entre os rapazes.
LUSA 
16 de Abril de 2018, 10:57
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RITA BALEIA

As crianças do sexo masculino com maus hábitos de sono apresentam "risco muito elevado de obesidade", revela um estudo desenvolvido por investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
Com base nas recomendações da Academia Americana de Pediatria (2016), que estabelece a duração adequada de sono entre nove e 12 horas por noite para as crianças dos seis aos 12 anos, a investigação, visou analisar "a relação entre os hábitos de sono irregulares" (mais ou menos tempo que o recomendado) e "o risco de excesso de peso e obesidade na população pediátrica portuguesa".
Portugal é um dos cinco países com mais adolescentes obesos

Os investigadores estudaram os hábitos de sono de 8273 crianças (4183 do sexo feminino) com idades entre seis e os nove, bem como "a actividade física e os comportamentos sedentários (por exemplo, o tempo passado a ver televisão ou a jogar no computador), através de questionários preenchidos pelos pais", revela a Universidade de Coimbra (UC), numa nota enviada à agência Lusa.
Foram também avaliadas, no âmbito da mesma investigação, que foi desenvolvida, nos últimos seis anos, por uma equipa de peritos do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS) da FCTUC, "algumas variáveis antropométricas, como a estatura e o peso das crianças e calculado o seu índice de massa corporal (IMC)", acrescenta a UC.
As associações entre os hábitos de sono e o risco de excesso de peso e obesidade para meninos e meninas foram realizadas separadamente.
Os resultados, publicados no American Journal of Human Biology, evidenciam que "os rapazes que apresentavam hábitos de sono irregulares para a sua idade, isto é, quer abaixo das nove horas/noite, quer acima das 12 horas/noite, durante a semana, têm 128% maior probabilidade de serem classificados como crianças com excesso de peso comparativamente com aqueles que dormiam as horas recomendadas", afirma o investigador Aristides Machado-Rodrigues.
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Curiosamente, mas tal como em alguns estudos anteriores, entre as raparigas, "não houve associações significativas entre a duração do sono e o risco de obesidade, nem nos dias da semana nem durante o fim-de-semana", refere ainda o investigador do CIAS, citado pela UC.
Mas, sustenta Aristides Machado-Rodrigues, "o cumprimento dos hábitos de sono recomendados na infância" é "um aspecto crucial da saúde cognitiva e do desenvolvimento harmonioso das crianças".
A obesidade é considerada uma das epidemias do século XXI pelo facto de estar associada a inúmeras cormobilidades, especialmente de natureza metabólica e cardiovascular. Aristides Machado-Rodrigues salienta "a sua etiologia multifactorial", referindo "a existência de um conjunto alargado de variáveis, de natureza biológica, genética, social e comportamental, que concorrem decisivamente para o facto de um indivíduo poder padecer de adiposidade aumentada, para além do padrão normal".
As conclusões deste estudo, que está inserido numa investigação mais ampla sobre Prevalência da obesidade na infância em Portugal, coordenada por Cristina Padez, e financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), chamam a atenção para a necessidade de esforços adicionais para controlar os hábitos de sono durante a semana, especialmente entre os rapazes portugueses, indica a UC, na mesma nota.
Pais devem reforçar regras
Aristides Machado-Rodrigues enfatiza que "os pais devem reforçar as regras familiares da 'hora de deitar' das crianças para que estas possam ter o tempo de sono diário recomendado para a saúde".
"A literatura sustenta, de forma inequívoca, que a privação do sono, especialmente em idades pediátricas, está associada a problemas de saúde aumentados, não só de índole cognitivo, mas especialmente relacionados com a diminuição da tolerância à glicose, o qual é um factor de risco para a obesidade", salienta o investigador.
"Na actualidade, e de forma muito pragmática, não podemos deixar de manifestar a nossa preocupação para os comportamentos sedentários de ecrã, vulgo tablets, telemóveis e computadores, que as crianças e jovens perpetuam pela noite dentro, comprometendo as horas de sono recomendadas, muitas vezes fechados no quarto e sem conhecimento dos pais", destaca Aristides Machado-Rodrigues.
Nos últimos anos, estudos epidemiológicos relataram que a duração irregular do sono pode ser um factor de risco adicional para excesso de peso entre as crianças. Mas, conclui a UC, "os hábitos de sono são os que têm merecido menor atenção comparativamente a outros comportamentos do quotidiano, como a actividade física, os hábitos nutricionais ou ainda o sedentarismo".


APRECIAÇÃO CRÍTICA

Os alunos das turmas do 12º anos apresentam aos alunos dos 10º anos, até final do 3º período, apreciações críticas dos livros do Plano Nacional de Leitura que leram.

Estas apresentações são realizadas na Vossa Biblioteca.

























quinta-feira, 12 de abril de 2018


EXPOSIÇÃO NA B ESLA
Tema: Estruturas
Maquetes de pontes e passadiços

As turmas do 9º anos, da professora Lia Lamarão, realizaram trabalhos com massas e montaram a exposição na Vossa Biblioteca.











segunda-feira, 9 de abril de 2018

segunda-feira, 19 de março de 2018

Prof. Luís da Cruz
A biblioteca adquiriu o livro "Terra diversa" e o professor autografou-o.






Berta Isla - Javier Marías

CAMÕES

 V CENTENÁRIO DE CAMÕES! CAMÕES, ENGENHO E ARTE! Participa...