segunda-feira, 26 de outubro de 2015


O Vosso colega Yoan Morgado escreveu este texto que nos enviou e autorizou a publicar no blogue da biblioteca.
Agradecemos a Sua simpatia e o seu empenho e disponibilidade e gostaríamos também de publicar outros textos, imagens e desenhos executados por outros alunos(as).

Retirado do textossemaspas.blogspot.pt (por favor, consultem o blogue do Vosso colega)



nietzche


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

o que é ser uma boa pessoa?

O que é ser uma boa pessoa? 
É uma pergunta que á partida todos sabem, mas de onde vem este conhecimento?  A resposta para a pergunta deriva muitas vezes do senso comum, afinal partilhamos todos uma noção do que é ser boa pessoa, embora defira um pouco de pessoa para pessoa, não difere muito.  Será que a resposta é mais profunda do que pensamos? 
Vamos tripartir o conceito «ser boa pessoa» 
Ser- o conceito de ser foi abordado várias vezes, por varias pessoas, de várias maneiras e feitios desde à muito tempo. Uma das vertentes estudadas foi o ser como identidade, usamos o «ser» para identificar ou distinguir um objeto (pessoa, alguém, algoem relação a outro objeto (ideia, conceção, noção) por exemplo: -o João é bonito; o quadro é excelente; eu sou livre; etc. 
Boa/bom- só por si, é um conceito subjetivo, deriva da moralidade, do que separa o bem e o mal, da bondade e da maldade. por exemplo: - o João comprou uma lata de salchichas e doo-a a uma IPSS- por um lado o João comparticipou para a continuação da privação do direito fundamental de viver de seres vivos (a lata de salchichas), por outro lado, a sua doação vai alimentar quem mais precisa. Não podemos subjugar a importância de nenhum dos lados, porque a ação não foi nossa, e só o João é que pode ponderar o que deve de fazer. No caso do João ele achou mais importante ser solidário. Podemos colocar uma duvida ao leitor, ele fez uma boa ou uma má ação segundo, e apenas segundo, a nossa moralidade? 
O que pode ser bom para um, pode ser mau para outro. 
Podemos até encontrar já uma contraposição na nossa duvida principal «Se há uns que me acham bom e outros que me acham mau, o que sou eu? Eu sou bom ou sou mau? 
Pessoa- é mais um conceito complexo, que se pode escrever de diversas formas, assim como em biologia, direito, gramatica, filosofia e ao conhecimento comum, Vamos dar foco primeiramente á gramática excluindo a biologia e o direito. em gramática uma pessoa é sinonimo de ser humano, o que por consequente seria ilógico dizer, «do outro dia adotei uma pessoa- referindo-se a um gato» no entanto, seria assim tão ilógico seguindo uma opinião que enquadre um animal não humano nos critérios que definem uma pessoa segundo um conhecimento comum? 
Uma pessoa é um ser consciente, com uma personalidade diferente de qualquer outro ser,  é um ser emotivo, criativo, com identidade própria, etc. -não há duas pessoas iguais- assim sendo qualquer ser pode ser uma pessoa. se eu distinguir/identificar uma pessoalidade no meu animal de estimação, ele, para mim, é uma pessoa. E segundo o que define uma pessoa, também podíamos considerar uma autómato uma pessoa e não podemos considerar um recém nascido uma pessoa, justificadamente, só possuindo instinto de vida e instinto de morte. 
O conceito de pessoa apresenta mais contrapontos históricos e conceptuais, daremos foco ao conhecimento corrente e partir do pressuposto que todos os seres humanos são pessoas independentemente se as conhecemos ou não. 
A pessoalidade é um fenómeno dinâmico crescendo ao longo do tempo e maturando no decorrer das experiencias vividas, formamos uma personalidade (com influencias culturais, parentais, genéticas, etc) adquirimos interesses, vocações e afinidades (musica, literatura, dança, desporto) adotamos -ou não- uma religião, aspetos emocionais próprios a cada um. Em resumo a nossa pessoalidade é o conjunto do corpo humano com a personalidade. 
Mas afinal o que é ser boa pessoa?, eu sou boa pessoa? É uma pergunta interdependente, dependente ou independente da opinião outros? Se eu me considerar boa pessoa, sou boa pessoa? Ou ainda posso me fazer essa pergunta? 
Podemos tentar responder de dois pontos de vista diferentes. 
Num ponto de vista exterior, aos olhos dos outros, nunca saberemos se somos bons ou maus, até nos contarem. – segundo a opinião do locutor- a subjetividade da moralidade põe-nos numa posição extrinsecamente desconfortável perante o mundo, por vezes queremos seguir o que está pessoalmente certo, mas escolhemos brilhar aos olhos dos outrosEm resumo nós somos boas pessoas, más pessoas, pessoas indiferentes, as piores e as melhores, porque nos definimos segundo o sentido moral exterior ao nosso. Nunca podemos favorecer todos. 
Aos nossos olhos, é fácil dizermos se somos boa pessoa ou não, se agirmos de acordo com a nossa moralidade somos boas pessoas, mas se assim o dissermos, não tentamos ser as melhores. Para seremos, -pelo menos tentar- ser melhores, é imperativo um autoconhecimento da nossa pessoa, e desafiar a nossa pessoalidade a ir mais além. 
Julgo que o ser boa pessoa é subjetivo.  
Uma namorada minha uma vez disse-me, «podemos sempre tentar ser a melhor pessoa que podemos ser» fiquei a ruminar a frase, tanto que cheguei a esta conclusão: 
-Embora eu possa ser uma boa pessoa -ou penso ser-, ou não posso me considerar bom, mas um ser em constante melhoria, não porque quero ser bom, por vias de altruísmo ou egoísmo psicológico, mas por um intrínseco dever humano. É-me mais fácil ser um «filantropo» do que ser boa pessoa. Sermos amates e representantes do que é fundamental para todos nós, e não deixar que uma moralidade sem ética nos represente. 
O melhor alimento que se pode dar a uma ideiaé a ação. 
-yoan morgado

MIBE
Mês Internacional das Bibliotecas Escolares
Foi realizada um trabalho com as turmas do 10º D e F nas ruas de Quarteira para comemorar este dia.























quinta-feira, 22 de outubro de 2015

FORMAÇÃO NA BIBLIOTECA

O prof. João Lopes realizou uma formação às turmas do 12º I  e 12º I1 sobre "Como redigir um trabalho escrito" e sobre "Citações / Referências Bibliográficas / Bibliografia" 
na Vossa biblioteca.

Ora vejam.....






terça-feira, 20 de outubro de 2015

in: http://www.citador.pt/textos/educacao-para-a-independencia-do-pensamento-albert-einstein


Albert Einstein
Alemanha
14 Mar 1879 // 18 Abr 1955
Físico, Teoria da Relatividade



Educação para a Independência do Pensamento
Não basta preparar o homem para o domínio de uma especialidade qualquer. Passará a ser então uma espécie de máquina utilizável, mas não uma personalidade perfeita. O que importa é que venha a ter um sentido atento para o que for digno de esforço, e que for belo e moralmente bom. De contrário, virá a parecer-se mais com um cão amestrado do que com um ser harmonicamente desenvolvido, pois só tem os conhecimentos da sua especialização. Deve aprender a compreender os motivos dos homens, as suas ilusões e as suas paixões, para tomar uma atitude perante cada um dos seus semelhantes e perante a comunidade.
Estes valores são transmitidos à jovem geração pelo contacto pessoal com os professores, e não — ou pelos menos não primordialmente — pelos livros de ensino. São os professores, antes de mais nada, que desenvolvem e conservam a cultura. São ainda esses valores que tenho em mente, quando recomendo, como algo de importante, as «humanidades» e não o mero tecnicismo árido, no campo histórico e filosófico.
A importância dada ao sistema de competição e a especialização precoce, sob pretexto da utilidade imediata, é o que mata o espírito de que depende toda a actividade cultural e até mesmo o próprio florescimento das ciências de especialização.
Faz também parte da essência de uma boa educação desenvolver nos jovens o pensamento crítico independente, desenvolvimento esse que é prejudicado, em grande parte, pela sobrecarga de disciplinas em que o indivíduo, segundo o sistema adoptado, tem de obter nota de passagem. A sobrecarga conduz necessariamente à superficialidade e à falta de verdadeira cultura. O ensino deve ser de modo a fazer sentir aos alunos que aquilo que se lhes ensina é uma dádiva preciosa e não uma amarga obrigação.

Albert Einstein, in 'Como Vejo o Mundo' 



segunda-feira, 19 de outubro de 2015

in: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/declaracao-de-lisboa-sobre-equidade-educativa-1704876

OPINIÃO

Declaração de Lisboa sobre Equidade Educativa

Se a escola, se a Educação, não for equitativa é difícil falarmos de escola regular.
Realizou-se nas instalações da Universidade de Lisboa de 26 a 29 de Julho de 2015, um congresso internacional sobre Apoio e Inclusão em Educação. Tratou-se de um grande congresso internacional com mais de 500 participantes, 450 comunicações de investigadores de 38 nacionalidades. Na sessão de encerramento deste congresso foi aprovada a “Declaração de Lisboa sobre Equidade Educativa”.
Trata-se de uma tomada de posição que se enquadra em numerosos documentos internacionais do mesmo teor provenientes de agências internacionais como a OCDE, o Banco Mundial ou a UNESCO. Nesta declaração são avançadas três razões fundamentais pelas quais é preciso pôr em prática políticas que tornem os sistemas educativos equitativos. Em primeiro lugar, há uma justificação educacional que deve implicar a escola na educação de todos (sublinhado nosso) os alunos rejeitando a sua classificação em “normais” e “especiais”. Em segundo lugar, existe uma justificação social: uma escola inclusiva é capaz de mudar atitudes face às diferenças individuais e, ao educar todas as crianças conjuntamente, constrói a base para uma sociedade acolhedora, participativa, justa e não discriminatória. Em terceiro lugar, existe uma justificação económica dado que é evidentemente menos dispendioso estabelecer e manter escolas que eduquem conjuntamente todas as crianças em lugar de estabelecer um sistema complexo de diferentes tipos de escolas especializadas em diferentes tipos de crianças.
Podemos ver quanto caminho falta ainda percorrer para que a escola e a Educação sejam verdadeiramente equitativas. Um sistema equitativo é um sistema que proporciona efetiva igualdade de oportunidades a todas as pessoas para as quais ele existe. Sabemos que igualdade de oportunidades não é proporcionar um acesso possível mas sobretudo um acesso que conduza ao sucesso. Todos nos lembramos de uma candidatura a fundos comunitários para a agricultura feita há alguns anos numa complexa aplicação da internet. Dizia-se que todos os agricultores portugueses tinham igualdade de acesso a este programa e logo imaginamos um pequeno agricultor do interior do país a navegar no seu computador e a preencher aqueles complexos questionários… Igualdade e equidade avaliam-se do lado do que se recebe e não do lado de que se dá.
Se a escola, se a Educação, não for equitativa é difícil falarmos de escola regular. Roger Slee, atualmente diretor da Faculdade de Educação da Universidade de Merlburne na Austrália, publicou um livro intitulado A Escola Irregular (Routledge, 2011). Trata-se um ensaio que demonstra o quão irregular é a escola que nós chamamos regular. A escola é irregular por vários motivos mas sobretudo porque falha a sua missão de ser uma estrutura verdadeiramente equitativa. Se fosse, conseguiria cumprir a sua missão que é a de educar com sucesso todos (sublinhado nosso, de novo…) os seus alunos. Ao falhar a sua missão equitativa, a escola torna-se irregular, torna-se disfuncional face ao missão para que foi criada.
Tornar uma escola irregular numa escola regular é uma missão longa e complexa.  Implica mudanças que é preciso assumir de forma corajosa, progressiva e firme. Para nos conduzir neste caminho de mudança não precisamos só de valores. Precisamos deles sim, mas não só deles. Dispomos hoje em dia de trabalho, de muitas experiências feitas em escolas portuguesas que permitiram melhorar o sucesso, potenciar os apoios aos alunos com dificuldades, reduzir drasticamente o abandono, melhorar a motivação e o empenho dos alunos na aprendizagem, aproximar, enfim, as famílias da escola. Sabemos que por vezes as “boas práticas” têm grandes dificuldades em se adaptarem aos contextos em que não foram desenvolvidas. Certo. Mas isso não significa que não tenhamos muita experiência para recolher, para tornar sustentável, para inspirar alunos, professores, gestão, famílias e comunidades em “fazer diferente” em aproximar a escola de uma estrutura equitativa, isto é, do desígnio para que a escola foi criada.
Hoje com esta Declaração dispomos de mais um instrumento para fundamentar e fortalecer esta convicção na missão da escola para todos. Se a escola não chegar com sucesso a todos muito precocemente é passada a mensagem de exclusão, de desigualdade e de injustiça.
A Declaração de Lisboa, é para nós, portugueses, um motivo de orgulho por ter sido elaborada e aprovada em Lisboa, mas é certamente uma responsabilidade acrescida em dar passos decididos e decisivos para que a escola possa ser um alfobre de equidade e de justiça social.
(A Declaração de Lisboa sobre Equidade Educativa pode ser consultada em:http://isec2015lisbon.weebly.com/the-lisbon-educational-equity-statement.html)
Presidente da Pró – Inclusão /ANDEE, Conselheiro Nacional de Educação


Berta Isla - Javier Marías

CAMÕES

 V CENTENÁRIO DE CAMÕES! CAMÕES, ENGENHO E ARTE! Participa...