terça-feira, 20 de outubro de 2015

in: http://www.citador.pt/textos/educacao-para-a-independencia-do-pensamento-albert-einstein


Albert Einstein
Alemanha
14 Mar 1879 // 18 Abr 1955
Físico, Teoria da Relatividade



Educação para a Independência do Pensamento
Não basta preparar o homem para o domínio de uma especialidade qualquer. Passará a ser então uma espécie de máquina utilizável, mas não uma personalidade perfeita. O que importa é que venha a ter um sentido atento para o que for digno de esforço, e que for belo e moralmente bom. De contrário, virá a parecer-se mais com um cão amestrado do que com um ser harmonicamente desenvolvido, pois só tem os conhecimentos da sua especialização. Deve aprender a compreender os motivos dos homens, as suas ilusões e as suas paixões, para tomar uma atitude perante cada um dos seus semelhantes e perante a comunidade.
Estes valores são transmitidos à jovem geração pelo contacto pessoal com os professores, e não — ou pelos menos não primordialmente — pelos livros de ensino. São os professores, antes de mais nada, que desenvolvem e conservam a cultura. São ainda esses valores que tenho em mente, quando recomendo, como algo de importante, as «humanidades» e não o mero tecnicismo árido, no campo histórico e filosófico.
A importância dada ao sistema de competição e a especialização precoce, sob pretexto da utilidade imediata, é o que mata o espírito de que depende toda a actividade cultural e até mesmo o próprio florescimento das ciências de especialização.
Faz também parte da essência de uma boa educação desenvolver nos jovens o pensamento crítico independente, desenvolvimento esse que é prejudicado, em grande parte, pela sobrecarga de disciplinas em que o indivíduo, segundo o sistema adoptado, tem de obter nota de passagem. A sobrecarga conduz necessariamente à superficialidade e à falta de verdadeira cultura. O ensino deve ser de modo a fazer sentir aos alunos que aquilo que se lhes ensina é uma dádiva preciosa e não uma amarga obrigação.

Albert Einstein, in 'Como Vejo o Mundo' 



segunda-feira, 19 de outubro de 2015

in: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/declaracao-de-lisboa-sobre-equidade-educativa-1704876

OPINIÃO

Declaração de Lisboa sobre Equidade Educativa

Se a escola, se a Educação, não for equitativa é difícil falarmos de escola regular.
Realizou-se nas instalações da Universidade de Lisboa de 26 a 29 de Julho de 2015, um congresso internacional sobre Apoio e Inclusão em Educação. Tratou-se de um grande congresso internacional com mais de 500 participantes, 450 comunicações de investigadores de 38 nacionalidades. Na sessão de encerramento deste congresso foi aprovada a “Declaração de Lisboa sobre Equidade Educativa”.
Trata-se de uma tomada de posição que se enquadra em numerosos documentos internacionais do mesmo teor provenientes de agências internacionais como a OCDE, o Banco Mundial ou a UNESCO. Nesta declaração são avançadas três razões fundamentais pelas quais é preciso pôr em prática políticas que tornem os sistemas educativos equitativos. Em primeiro lugar, há uma justificação educacional que deve implicar a escola na educação de todos (sublinhado nosso) os alunos rejeitando a sua classificação em “normais” e “especiais”. Em segundo lugar, existe uma justificação social: uma escola inclusiva é capaz de mudar atitudes face às diferenças individuais e, ao educar todas as crianças conjuntamente, constrói a base para uma sociedade acolhedora, participativa, justa e não discriminatória. Em terceiro lugar, existe uma justificação económica dado que é evidentemente menos dispendioso estabelecer e manter escolas que eduquem conjuntamente todas as crianças em lugar de estabelecer um sistema complexo de diferentes tipos de escolas especializadas em diferentes tipos de crianças.
Podemos ver quanto caminho falta ainda percorrer para que a escola e a Educação sejam verdadeiramente equitativas. Um sistema equitativo é um sistema que proporciona efetiva igualdade de oportunidades a todas as pessoas para as quais ele existe. Sabemos que igualdade de oportunidades não é proporcionar um acesso possível mas sobretudo um acesso que conduza ao sucesso. Todos nos lembramos de uma candidatura a fundos comunitários para a agricultura feita há alguns anos numa complexa aplicação da internet. Dizia-se que todos os agricultores portugueses tinham igualdade de acesso a este programa e logo imaginamos um pequeno agricultor do interior do país a navegar no seu computador e a preencher aqueles complexos questionários… Igualdade e equidade avaliam-se do lado do que se recebe e não do lado de que se dá.
Se a escola, se a Educação, não for equitativa é difícil falarmos de escola regular. Roger Slee, atualmente diretor da Faculdade de Educação da Universidade de Merlburne na Austrália, publicou um livro intitulado A Escola Irregular (Routledge, 2011). Trata-se um ensaio que demonstra o quão irregular é a escola que nós chamamos regular. A escola é irregular por vários motivos mas sobretudo porque falha a sua missão de ser uma estrutura verdadeiramente equitativa. Se fosse, conseguiria cumprir a sua missão que é a de educar com sucesso todos (sublinhado nosso, de novo…) os seus alunos. Ao falhar a sua missão equitativa, a escola torna-se irregular, torna-se disfuncional face ao missão para que foi criada.
Tornar uma escola irregular numa escola regular é uma missão longa e complexa.  Implica mudanças que é preciso assumir de forma corajosa, progressiva e firme. Para nos conduzir neste caminho de mudança não precisamos só de valores. Precisamos deles sim, mas não só deles. Dispomos hoje em dia de trabalho, de muitas experiências feitas em escolas portuguesas que permitiram melhorar o sucesso, potenciar os apoios aos alunos com dificuldades, reduzir drasticamente o abandono, melhorar a motivação e o empenho dos alunos na aprendizagem, aproximar, enfim, as famílias da escola. Sabemos que por vezes as “boas práticas” têm grandes dificuldades em se adaptarem aos contextos em que não foram desenvolvidas. Certo. Mas isso não significa que não tenhamos muita experiência para recolher, para tornar sustentável, para inspirar alunos, professores, gestão, famílias e comunidades em “fazer diferente” em aproximar a escola de uma estrutura equitativa, isto é, do desígnio para que a escola foi criada.
Hoje com esta Declaração dispomos de mais um instrumento para fundamentar e fortalecer esta convicção na missão da escola para todos. Se a escola não chegar com sucesso a todos muito precocemente é passada a mensagem de exclusão, de desigualdade e de injustiça.
A Declaração de Lisboa, é para nós, portugueses, um motivo de orgulho por ter sido elaborada e aprovada em Lisboa, mas é certamente uma responsabilidade acrescida em dar passos decididos e decisivos para que a escola possa ser um alfobre de equidade e de justiça social.
(A Declaração de Lisboa sobre Equidade Educativa pode ser consultada em:http://isec2015lisbon.weebly.com/the-lisbon-educational-equity-statement.html)
Presidente da Pró – Inclusão /ANDEE, Conselheiro Nacional de Educação



in: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/os-cinco-grandes-desafios-segundo-o-conselho-nacional-de-educacao-1711430?page=-1
Os cinco grandes desafios, segundo o Conselho Nacional de Educação
17/10/2015 - 00:01
Na introdução do relatório sobre o Estado da Educação 2014, o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), David Justino, aponta e os desafios que se colocam a Portugal e que exigem “uma clarificação sobre as opções” a fazer a médio e longo prazo.

David Justino, presidente do Conselho Nacional de Educação RUI GAUDÊNCIO

Fazer baixar as taxas de retenção e desistência escolar
“Com o número total de alunos em manifesto decrescendo, não podemos silenciar a destruição sistemática de capital humano e a reprodução incessante das desigualdades educativas (…) que marcam a sociedade portuguesa”, escreve David Justino, referindo-se às taxas de retenção e de desistência escolar. No ano lectivo de 2013/2014 aquelas mantêm-se elevadas e continuam a revelar que os percursos escolares marcados pela retenção se iniciam precocemente e se acentuam à medida que avança a escolaridade”. No 1.º ciclo a taxa é de 5%, no 2.º de 11,4% e no 3.º de 15,9%. No secundário as taxas de retenção e de resistência variam consoante os cursos: 12, 4 % nos tecnológicos, 14,3% nos profissionais, e 21% nos cursos científico-humanísticos.
David Justino insiste que o contributo dos exames nacionais para a retenção é residual e interpreta as críticas a recomendações anteriores do CNE sobre esta matéria como a expressão de “uma cultura de retenção” e da “aceitação do princípio da selectividade, profundamente impregnada em alguns sectores da sociedade portuguesa”. “Podemos mudar rapidamente as leis, ou mesmo as organizações, mas as culturas só se mudam a médio e longo prazo. Este é um desígnio para os próximos quinze anos e não se espere que o mesmo seja concretizado a curto prazo”, avisa.
Responder aos efeitos da queda da natalidade
Ente 2000 e 2007 houve redução de 18 mil nascimentos e entre 2008 e 2014 de 20 mil, “uma queda que vai ter repercussões imediatas sobre o afluxo de novos alunos ao sistema de ensino, durante os próximos cinco anos” e de forma desigual no território nacional, alerta o CNE. Prevê que “as zonas de mais baixa densidade e mais envelhecidas vão ser as mais afectadas” e que o país enfrentará “situações de excesso de oferta educativa com infra-estruturas e outros recursos subaproveitados”. Como respostas, preconiza que seja retomado o esforço de reordenamento da rede de oferta do 1.º ciclo (com fecho de escolas e a concentração das crianças em centros escolares) e a canalização dos recursos em excesso para a melhoria das aprendizagens e para a prevenção do insucesso.
O rejuvenescimento da classe docente
Em todas as categorias os profissionais com 50 ou mais anos de idade representam pelo menos um terço do total dos docentes. No 2º ciclo de ensino, porém, “ essa proporção atinge os 44% e no 3º ciclo e secundário os 37%”, descreve o CNE no relatório em que sublinha que “é nestes níveis onde o recurso aos professores contratados é mais expressivo (15% e 17%, respectivamente) ”. É neste contexto que considera que as perspectivas para os próximos quinze anos se centram “na oportunidade de rejuvenescimento - que poderá envolver cerca de um terço do actual corpo docente – e na criação de condições de acesso e de fixação dos jovens professores às escolas, especialmente àquelas localizadas em contextos menos favoráveis”. O CNE alerta que “esta é uma oportunidade para integrar na carreira uma parte dos docentes contratados”, mas também para “assegurar critérios de qualidade e mérito na sua selecção, profissionalização e recrutamento”.
A definição de currículos em contexto de mudança social e cultural
“A globalização das economias, a inovação contínua nas tecnologias, o acesso e o excesso de informação disponível e a hibridização das culturas representam outros tantos desafios para o conhecimento e para as maneiras de pensar os problemas sociais e humanos”, reflecte o CNE que considera que “perante as perspectivas abertas por este quadro de mudança importa questionar que tipo de currículo deve ser promovido. Defende que “a reflexão não se pode confinar à opacidade dos serviços ou dos gabinetes” do Ministério da Educação e considera que “o desafio centra-se em conciliar a estabilidade que qualquer currículo nacional deverá assegurar com a inovação gradual e planeada dos seus conteúdos”. A recente adopção do sistema de metas curriculares pode ser o caminho escolhido, mas torna-se indispensável a sua avaliação periódica, nomeadamente da forma como essas metas são apropriadas em contextos de aprendizagem”, defende o presidente do CNE, David Justino.
Ajustar as qualificações à estratégia de desenvolvimento do país
“Há cursos de características profissionalizantes, quer de nível secundário quer de nível superior, cuja empregabilidade é manifestamente reduzida. São cursos que formam directamente para o desemprego, desperdiçando recursos públicos e destruindo capital humano potencial”, critica o presidente do CNE. Considera que a oferta pública “tem de se configurar em função dos interesses e das necessidades do país e não criar expectativas que (…) dificilmente poderão ser concretizadas”. Numa crítica às escolas instituições de ensino superior, David Justino escreve que estas “não podem continuar a oferecer cursos que respondem mais aos problemas internos dos seus recursos humanos excedentes, do que ao futuro dos seus alunos”. Defende “a especialização inteligente, criando condições para a afirmação de centros de excelência quer no ensino e formação, quer na investigação científica”.


FORMAÇÃO DE UTILIZADORES
10º E

Foi realizada mais Formação de Utilizadores na Vossa biblioteca com a turma do 10º E, acompanhada pela professora Rogélia Costa.











quinta-feira, 15 de outubro de 2015


in: http://www.calendarr.com/portugal/dia-mundial-da-alimentacao/

in: https://www.google.pt/search?q=dia+mundial+da+alimenta%C3%A7%C3%A3o+2016&espv=2&biw=1280&bih=855&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0CC4QsARqFQoTCJ2ShbC3xMgCFYokHgodPs0LEg&dpr=1#tbm=isch&q=alimenta%C3%A7%C3%A3o+saudavel&imgrc=AbegQKq9ItMomM%3A


Dia Mundial da Alimentação

Próximo Dia Mundial da Alimentação 2015 Sexta, 16 de Outubro de 2015

O Dia Mundial da Alimentação celebra-se anualmente a 16 de outubro.
O dia 16 de outubro marca o dia da fundação da organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura, em 1945.
A celebração do Dia Mundial da Alimentação foi estabelecida em novembro de 1979 pelos países membros na 20ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura. Neste dia realizam-se muitas atividades relacionadas com a nutrição e a alimentação.
Objetivos do Dia Mundial da Alimentação
  • Alertar para a necessidade da produção alimentar e reforçar a necessidade de parcerias a vários níveis;
  • Alertar para a problemática da fome, pobreza e desnutrição no mundo;
  • Reforçar a cooperação económica e técnica entre países em desenvolvimento;
  • Promover a transferência de tecnologias para os países em desenvolvimento;
  • Encorajar a participação da população rural, na tomada de decisões que influenciem as suas condições de vida.

Em 2015 o tema do Dia Mundial da Alimentação é: "Proteção social e agricultura: quebrando o ciclo da pobreza rural”.
Agrupamento de Escolas Dr.ª Laura Ayres Educação para a Saúde 

Projeto Saber Comer + Saber Correr = SABER VIVER 

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

As professoras Célia Nobre e Filipa Duarte compuseram os folhetos para a comemoração do 
Dia Mundial da Alimentação.
Há quem diga que somos o que comemos...






in: http://www.paisefilhos.pt/index.php/actualidade/noticias/8147-editorial-297

editorial-297



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Regras e castigos
Antes de dormir, lavamos os dentes”!”, “À mesa não se canta!”, “É muito feio mentir!”, “Está na hora de ir para a cama!”, “Gomas só em dias de festa”, “Não se joga à bola em casa!”, “Os brinquedos arrumam-se no fim!”, “Os bróculos também são para comer!”, “Quando pedimos, dizemos ‘por favor’, quando nos dão dizemos ‘obrigado’”…
Cada um, no seu tom e jeito, dita e incute aos filhos um conjunto de princípios que, de modo mais ou menos subtil, acaba por lhes moldar os gestos e os pensamentos. Fruto de valores que recebemos ou que apadrinhamos, passamos-lhes assim os modos e alicerces que lhes irão ditar (grande parte da) personalidade e do ser.
Dizem os estudiosos que quanto mais cedo e consistente o fizermos, melhor. E que as regras ajudam as crianças a crescer mais seguras, confiantes, cooperantes… e felizes. Mas avisam também que o excesso de autoridade, à semelhança da permissividade, tem o mesmo efeito. Ou seja, pais autoritários e pais permissivos acabam por gerar crianças inseguras e com fraca autoestima. 
Por isso, como em tudo na vida, também aqui há que ter bom senso, não exagerar e, se necessário, flexibilizar. E encontrar a melhor forma de comunicar (e convencer) os nossos filhos a obedecer-nos e, sobretudo, a acreditar naquelas regras e normas.
Da mesma forma, talvez seja bom repensar algumas formas de os repreender ou punir.  É que, provavelmente, mandá-los para o canto do quarto pensar naquilo que fizeram ou privá-los de um mês de televisão talvez não sejam os melhores métodos para lhes fazer ver a razão.
O psiquiatra Daniel Siegle, que acaba de escrever “Disciplina sem Dramas”, diz, em entrevista publicada nesta edição, que “é preferível ser um pai-professor do que um pai guarda-prisional” e que um excesso de castigos pode “entorpecer” a relação com os filhos ou mesmo ter um impacto no seu desenvolvimento cerebral. Mas também lembra que “não existe uma varinha mágica”…
A verdade é que, nestas coisas de educar e, em particular, de incutir regras e aplicar castigos, não devemos apregoar certezas absolutas. Porque os “contextos” são cada vez mais incertos e desconhecidos, porque cada criança é única e sobretudo porque os pais, por mais bem intencionados e informados, também duvidam e falham (quantas vezes não deixamos escapar uns berros, fazemos “orelha moucas” a respostas tortas ou nos arrependemos do peso do castigo?).
Mas não há que dramatizar. Ninguém é perfeito. E também nós, pais, quando vacilamos,  erramos ou mentimos aos nossos filhos, estamos a aprender. Afinal, a educação, mais que uma ciência, é uma arte... inacabada.

Berta Isla - Javier Marías

Finalistas

 Aqui ficam algumas  mensagens que a Biblioteca humana entregou aos finalistas do 12.ºano.