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quarta-feira, 28 de maio de 2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
Publicado o primeiro número da Revista
Já se encontra publicado o primeiro número da Revista de Ciência Elementar. Neste número encontrará notícias, artigos de opinião, entradas de ciência elementar, sugestões de recursos educativos digitais para as suas aulas, imagens para utilizar nas suas apresentações ou publicações web, entre outros assuntos.
Já disponível o segundo número da Revista
Já se encontra publicado o segundo número da Revista de Ciência Elementar. Este número chega com uma novidade, a rubrica 'Criação de recursos educativos', que procura fornecer ao leitor as bases necessárias à criação de animações e aplicações interativas. Neste número encontrará também notícias, artigos de opinião, entradas de ciência elementar, sugestões de recursos educativos digitais para as suas aulas, imagens para utilizar nas suas apresentações ou publicações web, entre outros assuntos.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
EDUCAÇÃO

Aulas deverão começar na terceira semana de setembro
Despacho relativo à organização do próximo ano letivo deverá ser publicado esta semana, mais cedo do que habitualmente. Ministério da Educação e Ciência dará mais horas às escolas para combaterem o insucesso escolar e aumentarem a autonomia das direções. ANP e CONFAP pedem um calendário escolar mais equilibrado e ajustado aos vários momentos de aprendizagem e avaliação.
Sara R. Oliveira
O despacho de organização do próximo ano letivo deverá ser publicado esta semana, mais cedo do que é habitual. O Ministério da Educação e Ciência (MEC) anuncia que as escolas terão mais horas para combaterem o insucesso escolar e o risco de abandono e para aumentarem a autonomia das direções dos estabelecimentos de ensino. O calendário que está em análise mostra que as aulas do ensino básico e secundário deverão começar na terceira semana de setembro e que a duração dos três períodos continua desigual. O primeiro é o mais longo, com 13 semanas e dois dias. O segundo terá 11 semanas e quatro dias. O último volta a ser o mais curto com quase sete semanas em 39 dias úteis.
No calendário, que ainda não é definitivo, as aulas do 1.º período começam entre 15 e 17 de setembro e terminam a 16 de dezembro. O 2.º período arranca a 5 de janeiro e termina a 27 de março. O 3.º, e último período, inicia a 13 de abril e acaba a 5 de junho para o 6.º, 9.º, 11.º e 12,º anos, a 12 de junho do 1.º ao 8.º e 10.º anos e a 3 de julho para o 4.º e 6.º anos. Em 2014/2015, os alunos terão férias de 17 de dezembro a 2 de janeiro, de 16 a 18 de fevereiro e de 30 de março a 10 de abril.
As provas nacionais também surgem nesse calendário provisório. A primeira fase para o 1.º e 2.º ciclos acontecerá até 22 de maio, inclusive; para o 3.º ciclo entre 17 e 25 de junho, inclusive; para o secundário de 17 a 26 de junho, inclusive. A segunda fase dos exames, para o 1.º e 2.º ciclos, acontecerá entre 9 e 16 de julho, inclusive; para o 3.º ciclo de 25 de junho a 17 de julho; e para o secundário entre 15 e 20 de julho.
O MEC quer que as escolas tenham mais horas e que esse tempo seja gerido em função de cada realidade. O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, dá a entender que o próximo diploma não terá alterações de fundo em relação ao que se encontra em vigor. Mesmo assim, o responsável fala numa “evolução positiva” e numa gestão mais eficiente dos recursos das escolas. A fórmula de cálculo de crédito horário dado às escolas será alterada, uma vez que o combate ao insucesso e ao risco de abandono escolar surge como um novo fator de ponderação para atribuição de mais horas.
“O que é que isto significa? Que, por exemplo, tal como vinha sendo opinião do Conselho de Escolas, fosse atribuído um crédito global de horas e depois caberia às escolas fazer a sua gestão. O que vai acontecer é exatamente isso. Atribuir um crédito global de horas com duas componentes: uma para a gestão e outra para a atividade pedagógica em que caberá aos órgãos de gestão fazer a sua distribuição em função da realidade de cada escola ou agrupamento. Aqui temos um avanço significativo ao nível do reforço da autonomia”, adianta João Grancho, em declarações à Lusa.
Uma coisa já está definida. Ou seja, as escolas que apresentem melhorias consistentes nos resultados obtidos na avaliação externa, nos últimos três anos letivos, terão mais 30 horas letivas semanais de crédito horário. E não é preciso mostrar resultados positivos, mas sim melhorias ano após ano. Segundo o secretário de Estado, as escolas terão autonomia no uso do crédito global de horas, decidindo quais os domínios em que apostará sem interferência da tutela, ou seja, “sem qualquer prescrição do Ministério”, garante o secretário de Estado.
Calendários “copy and paste”
A Associação Nacional de Professores (ANP) está absolutamente de acordo com o aumento da autonomia que o MEC quer dar às escolas para que, dessa forma, possam organizar a parte curricular, os projetos educativos de combate ao insucesso escolar, entre outros, e tudo o resto, conforme a realidade à volta e o contexto em que se insere – até porque não serão necessariamente as escolas do interior do país que mais se debatem com os insucessos. Mais autonomia é, portanto, bem-vinda. “É uma boa medida. O que é necessário é que os nossos diretores façam uma boa leitura e tenham em conta a gestão dessas mesmas horas”, refere Paula Carqueja, presidente da ANP, ao EDUCARE.PT. Na sua opinião, esse processo deve ser feito verticalmente para não sobrecarregar uns e aliviar outros. “É necessário que façam uma boa organização, uma boa planificação, uma avaliação para verem onde há falhas e necessidades de apoios de forma a que o insucesso seja abrandado”, acrescenta.
Em relação ao calendário escolar, a ANP não vê grandes mudanças no próximo ano letivo, com períodos mais sobrecarregados do que outros. O que não lhe agrada. Paula Carqueja defende uma “distribuição equitativa” e “adequada” às idades dos alunos e metas estabelecidas em termos de aquisição de conhecimentos. “Há períodos que são muito longos. Este segundo período, por exemplo, foi muito complicado, com excesso de trabalho para alunos e professores.”
“Continuamos a fazer copy e paste de uns calendários para os outros”, diz ao EDUCARE.PT Jorge Ascenção, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), admitindo que as datas que estão em cima da mesa não trazem grandes surpresas. “O calendário escolar continua a ser definido de acordo com o calendário religioso, das festas”, refere. A Páscoa acaba por condicionar o calendário: quanto mais cedo, mais cedo começam as férias do 2.º período.
Para Jorge Ascenção, este assunto merece um “esforço mental, um esforço cerebral” para que se defina um calendário escolar equilibrado e mais eficiente, que tenha em linha de conta as férias, as aprendizagens e os momentos de avaliação, que se coadune com o paradigma de uma escola para todos, uma escola global e inclusa. “Há margem para todos debatermos, refletirmos e fazermos um melhor calendário”, afirma, sublinhando que esse calendário não tem forçosamente de ser dividido em três períodos. Na sua perspetiva, tudo pode ser analisado e discutido.
No próximo ano letivo, as aulas deverão começar entre 15 e 17 de setembro. “Não se percebe muito bem porque não começam mais cedo”, comenta. O presidente da CONFAP lembra que no setor privado, por norma, as aulas começam mais cedo do que no sistema público. O que, em seu entender, permite às escolas privadas fazerem um melhor planeamento da sua organização escolar.
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) não gostou da reunião de auscultação que teve com a tutela e lamenta não ter sido dado a conhecer o projecto do despacho. Esta quinta-feira, primeiro dia da reunião do secretariado nacional, irá aprovar um documento sobre a matéria para enviar ao MEC. “Não há qualquer alteração significativa do crédito de horas a atribuir às escolas. O que será substancialmente diferente é a gestão da escassez que passa a ser das direções das escolas”, refere no seu site. “A autonomia seria efetivamente exercida se competisse às escolas decidir, de forma responsável e fundamentada, sobre as horas necessárias à sua organização pedagógica e funcionamento. Essa, porém, não é competência que o MEC reconheça aos órgãos das escolas”, acrescenta.
A Federação Nacional da Educação (FNE) conhece apenas as linhas orientadoras do despacho que será publicado pelo MEC e não o documento na sua totalidade. De qualquer forma, a FNE discorda de dois pontos. Discorda que haja “na educação para a infância um calendário diferente dos restantes níveis de ensino” e, por outro lado, defende que todo o tempo de trabalho direto com os alunos deverá ser considerado tempo de trabalho letivo.
No calendário, que ainda não é definitivo, as aulas do 1.º período começam entre 15 e 17 de setembro e terminam a 16 de dezembro. O 2.º período arranca a 5 de janeiro e termina a 27 de março. O 3.º, e último período, inicia a 13 de abril e acaba a 5 de junho para o 6.º, 9.º, 11.º e 12,º anos, a 12 de junho do 1.º ao 8.º e 10.º anos e a 3 de julho para o 4.º e 6.º anos. Em 2014/2015, os alunos terão férias de 17 de dezembro a 2 de janeiro, de 16 a 18 de fevereiro e de 30 de março a 10 de abril.
As provas nacionais também surgem nesse calendário provisório. A primeira fase para o 1.º e 2.º ciclos acontecerá até 22 de maio, inclusive; para o 3.º ciclo entre 17 e 25 de junho, inclusive; para o secundário de 17 a 26 de junho, inclusive. A segunda fase dos exames, para o 1.º e 2.º ciclos, acontecerá entre 9 e 16 de julho, inclusive; para o 3.º ciclo de 25 de junho a 17 de julho; e para o secundário entre 15 e 20 de julho.
O MEC quer que as escolas tenham mais horas e que esse tempo seja gerido em função de cada realidade. O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, dá a entender que o próximo diploma não terá alterações de fundo em relação ao que se encontra em vigor. Mesmo assim, o responsável fala numa “evolução positiva” e numa gestão mais eficiente dos recursos das escolas. A fórmula de cálculo de crédito horário dado às escolas será alterada, uma vez que o combate ao insucesso e ao risco de abandono escolar surge como um novo fator de ponderação para atribuição de mais horas.
“O que é que isto significa? Que, por exemplo, tal como vinha sendo opinião do Conselho de Escolas, fosse atribuído um crédito global de horas e depois caberia às escolas fazer a sua gestão. O que vai acontecer é exatamente isso. Atribuir um crédito global de horas com duas componentes: uma para a gestão e outra para a atividade pedagógica em que caberá aos órgãos de gestão fazer a sua distribuição em função da realidade de cada escola ou agrupamento. Aqui temos um avanço significativo ao nível do reforço da autonomia”, adianta João Grancho, em declarações à Lusa.
Uma coisa já está definida. Ou seja, as escolas que apresentem melhorias consistentes nos resultados obtidos na avaliação externa, nos últimos três anos letivos, terão mais 30 horas letivas semanais de crédito horário. E não é preciso mostrar resultados positivos, mas sim melhorias ano após ano. Segundo o secretário de Estado, as escolas terão autonomia no uso do crédito global de horas, decidindo quais os domínios em que apostará sem interferência da tutela, ou seja, “sem qualquer prescrição do Ministério”, garante o secretário de Estado.
Calendários “copy and paste”
A Associação Nacional de Professores (ANP) está absolutamente de acordo com o aumento da autonomia que o MEC quer dar às escolas para que, dessa forma, possam organizar a parte curricular, os projetos educativos de combate ao insucesso escolar, entre outros, e tudo o resto, conforme a realidade à volta e o contexto em que se insere – até porque não serão necessariamente as escolas do interior do país que mais se debatem com os insucessos. Mais autonomia é, portanto, bem-vinda. “É uma boa medida. O que é necessário é que os nossos diretores façam uma boa leitura e tenham em conta a gestão dessas mesmas horas”, refere Paula Carqueja, presidente da ANP, ao EDUCARE.PT. Na sua opinião, esse processo deve ser feito verticalmente para não sobrecarregar uns e aliviar outros. “É necessário que façam uma boa organização, uma boa planificação, uma avaliação para verem onde há falhas e necessidades de apoios de forma a que o insucesso seja abrandado”, acrescenta.
Em relação ao calendário escolar, a ANP não vê grandes mudanças no próximo ano letivo, com períodos mais sobrecarregados do que outros. O que não lhe agrada. Paula Carqueja defende uma “distribuição equitativa” e “adequada” às idades dos alunos e metas estabelecidas em termos de aquisição de conhecimentos. “Há períodos que são muito longos. Este segundo período, por exemplo, foi muito complicado, com excesso de trabalho para alunos e professores.”
“Continuamos a fazer copy e paste de uns calendários para os outros”, diz ao EDUCARE.PT Jorge Ascenção, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), admitindo que as datas que estão em cima da mesa não trazem grandes surpresas. “O calendário escolar continua a ser definido de acordo com o calendário religioso, das festas”, refere. A Páscoa acaba por condicionar o calendário: quanto mais cedo, mais cedo começam as férias do 2.º período.
Para Jorge Ascenção, este assunto merece um “esforço mental, um esforço cerebral” para que se defina um calendário escolar equilibrado e mais eficiente, que tenha em linha de conta as férias, as aprendizagens e os momentos de avaliação, que se coadune com o paradigma de uma escola para todos, uma escola global e inclusa. “Há margem para todos debatermos, refletirmos e fazermos um melhor calendário”, afirma, sublinhando que esse calendário não tem forçosamente de ser dividido em três períodos. Na sua perspetiva, tudo pode ser analisado e discutido.
No próximo ano letivo, as aulas deverão começar entre 15 e 17 de setembro. “Não se percebe muito bem porque não começam mais cedo”, comenta. O presidente da CONFAP lembra que no setor privado, por norma, as aulas começam mais cedo do que no sistema público. O que, em seu entender, permite às escolas privadas fazerem um melhor planeamento da sua organização escolar.
A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) não gostou da reunião de auscultação que teve com a tutela e lamenta não ter sido dado a conhecer o projecto do despacho. Esta quinta-feira, primeiro dia da reunião do secretariado nacional, irá aprovar um documento sobre a matéria para enviar ao MEC. “Não há qualquer alteração significativa do crédito de horas a atribuir às escolas. O que será substancialmente diferente é a gestão da escassez que passa a ser das direções das escolas”, refere no seu site. “A autonomia seria efetivamente exercida se competisse às escolas decidir, de forma responsável e fundamentada, sobre as horas necessárias à sua organização pedagógica e funcionamento. Essa, porém, não é competência que o MEC reconheça aos órgãos das escolas”, acrescenta.
A Federação Nacional da Educação (FNE) conhece apenas as linhas orientadoras do despacho que será publicado pelo MEC e não o documento na sua totalidade. De qualquer forma, a FNE discorda de dois pontos. Discorda que haja “na educação para a infância um calendário diferente dos restantes níveis de ensino” e, por outro lado, defende que todo o tempo de trabalho direto com os alunos deverá ser considerado tempo de trabalho letivo.
http://www.educare.pt/noticias/noticia/ver/?id=26163&langid=1
TECNOLOGIA
Tudo o que precisa de saber sobre Bitcoin
Publicado em 2014-05-17
DANIELA ESPÍRITO SANTO
foto DR |
A Bitcoin é uma das moedas virtuais de maior popularidade internacional |
A aventura da Bitcoin começou em 2009, pela mão de uma misteriosa entidade apelidada de Satoshi Nakamoto. Ninguém sabe ao certo quem é Nakamoto, se uma pessoa ou se um grupo, mas é geralmente aceite que Nakamoto é um especialista em matemática que vive no Japão.
O que é uma "Bitcoin"
Bitcoin é um termo que pode ser usado de duas formas: bitcoin (em minúsculas) é o nome da moeda digital, enquanto que Bitcoin é o nome do sistema, baseado em criptografia, que gere a moeda.
Esta "e-moeda" pode ser usada para pagar bens e serviços online e offline e tem como principal diferença da moeda do mundo real o facto de ser considerada uma moeda descentralizada, despida da influência de qualquer país. É uma moeda virtual, cuja monitorização é feita por uma rede de utilizadores, que controlam e verificam as transações. Na moeda real, a produção e gestão da moeda em circulação é feita por um banco central.
Como funciona
O Bitcoin é um sistema global onde não há taxas de transferência internacionais, nem contas bancárias envolvidas. Funciona com uma rede de computadores ligados entre si a monitorizar todas as operações. Há moedas a circular, as bitcoins, que vão sendo transacionadas por quem as tem (e quem as quer). Essas transações são colocadas num diretório público, que funciona como uma espécie de "bloco de notas de merceeiro", onde tudo é apontado. Depois, um grupo de utilizadores (a que chamam de "mineiros") confirma a "legalidade" das trocas, sendo pago pelos seus serviços com bitcoin que são criadas para o efeito e colocadas em circulação. É a este processo que se chama de extração, ou "mineragem", de bitcoin.
Quem lançou o Bitcoin criou 21 milhões de moedas e guardou-as atrás de um complexo sistema a ser ultrapassado por quem as quer extrair: este é o número máximo de moedas que poderá haver em circulação. As primeiras moedas foram libertadas pelo criador da moeda, dando origem a todo o sistema e ao ciclo de transações e mineragem. Cada bitcoin é divisível até oito casas decimais (os "cêntimos" da bitcoin chamam-se satoshis).
Neste momento, existem cerca de 12 milhões de bitcoins já a circular (cerca de 57% do total) e estima-se que, ao ritmo de extração atual, a totalidade das moedas estará "minada" até 2040.
Quem pode fazer uma transação
Fazer uma transação no Bitcoin está ao alcance de quem o quiser fazer e é tão simples quanto mandar um email. Cada utilizador precisa de um endereço e não existem limites para a criação de novos endereços.
Quem quiser participar deste sistema precisa de uma "Bitcoin Wallet", uma "carteira" para guardar as suas e-moedas. No site oficial da Bitcoin pode fazer o download da aplicação do sistema para o seu computador. A cada carteira está associada um endereço, que é uma longa sequência de números e letras e um ficheiro associado, que deverá guardar num lugar seguro (se perder o acesso a este código, perderá todas as moedas que acumular).
Validação da transação
Uma operação de transação (por exemplo, uma compra uma loja virtual), terá de ser validada pelo sistema. O processo de confirmação consiste, essencialmente, em verificar se quem quer transferir tem realmente na sua posse a quantidade de bitcoin necessária. Para isso, é preciso ir ao registo, o tal "livro de merceeiro", onde todas as transações alguma vez realizadas foram apontadas. Uma troca só é finalizada se for validada. Assim, não há dinheiro "falso" a circular e a mesma pessoa não pode enviar dinheiro que não tem ou que já enviou para outra pessoa.
A validação das transações é o cerne do sistema Bitcoin. É este processo que faz nascer novas bitcoin e permite que as já existentes possam circular.
A verificação é propositadamente dificultada para que o acesso às bitcoin seja limitado e para que o sistema seja mais seguro. A informação está encriptada e a operação de verificação só poderá ser feita através da resolução de problemas matemáticos muito complicados, com a ajuda de software informático próprio. Devido à natureza complexa do sistema, as transacções vão sendo agrupadas em blocos, de dez em dez minutos.
É neste momento que a rede entra em funcionamento e é exigido trabalho a quem quis participar no processo, os chamados mineiros. Só o primeiro mineiro a conseguir descodificar os dados relacionados com cada bloco é que consegue extrair 25 novas bitcoin, que são o pagamento pelo trabalho.
Depois de confirmada, efetua-se a transferência e os dados da transação são adicionados ao livro. Um novo processo de verificação terá que ser iniciado se as mesmas bitcoin forem novamente utilizadas noutra transferência.
Os mineiros
Chamam-se mineiros porque o sistema é semelhante ao da extração de ouro: existem reservas finitas de bitcoins para prospeção (os 21 milhões referidos acima) e quem chegar primeiro às "pepitas", fica com elas. Atualmente, só é possível extrair 25 bitcoins de cada vez. Está previsto que, à medida que as reservas vão diminuindo, este número seja também cada vez menor.
Tendo a carteira onde guardar as moedas, pode começar a tentar extraí-las. Antes de tudo, é preciso usar outro programa, um software que faça automaticamente o trabalho de mineragem. A maioria do software disponível é demasiado complicado para o utilizador comum perceber, mas já existem algumas alternativas mais simples, como o GUIMiner ou Astroid, disponíveis para download.
O computador fará o trabalho por si, mas a probabilidade de conseguir resultados vai depender da velocidade do processador (e da sua Internet). Por isso mesmo, há quem invista bom dinheiro em hardware especializado nesta tarefa, que ajuda a aumentar as probabilidades de conseguir algum dinheiro.
Normalmente, os mineiros têm o seu computador permanentemente ligado e a trabalhar em exclusivo no processo de minagem. Para aumentar as hipóteses de sucesso, a maioria dos mineiros junta-se em grupo, para combinar o poder dos seus computadores.
Existem já cerca de 20 mil mineiros a competir, o que reduz muito as probabilidades de sucesso a quem trabalha sozinho. Em grupo, o dinheiro tem que ser dividido, mas as hipóteses de sucesso são maiores.
Comprar bitcoins
Se não quiser ser mineiro, existe outra alternativa mais simples para obter bitcoins. Tal como se recorre a uma agência de câmbio para trocar, por exemplo, euros por libras, quem quiser comprar bitcoins poderá fazê-lo em agências especializadas, pagando em dinheiro "real" para receber, por transferência, algumas bitcoins. No entanto, ao optar por comprar bitcoins, está sujeito ao seu valor de mercado, que normalmente flutua bastante. Além disso, deixa de ter a satisfação de fazer parte de um sistema e de contribuir para o seu funcionamento.
Quanto vale
As bitcoins podem ser utilizadas em compras mas também podem ser trocadas por moeda real. Existem empresas que fazem câmbio de bitcoins para dinheiro e o valor das mesmas vai flutuando de dia para dia: em abril de 2011, por exemplo, uma bitcoin valia menos que um dólar, enquanto que em janeiro deste ano uma bitcoin já valia mais que mil dólares. Em fevereiro, voltamos a ver moedas a custar pouco mais que cem euros.
Quem usa
Hoje em dia, muitos websites já utilizam o serviço de Bitcoin como moeda de troca ou donativo e até já existem multibancos de Bitcoins, que permitem aos utilizadores comprar ou vender bitcoins rapidamente. Também muitos negócios "físicos" estão a começar, lentamente, a aderir ao Bitcoin e alguns até aceitam bitcoins para ganhar publicidade por causa disso: nos EUA, já é relativamente fácil encontrar lojas de cupcakes, restaurantes e alojamentos que aceitem esta moeda e até uma equipa de basquetebol já anunciou que agora é possível comprar bilhetes com esta forma de pagamento.
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