LEIA
Os Maias, de Eça de Queirós
https://youtu.be/fc-L2htDKAY
Sinopse:https://youtu.be/fc-L2htDKAY
A ação inicia-se no Outono de 1875, altura em que Afonso da Maia, nobre e rico proprietário, se instala no Ramalhete. O seu único filho – Pedro da Maia – de carácter fraco, resultante de um educação extremamente religiosa e protecionista à portuguesa, casa-se, contra a vontade do pai, com a filha de um antigo negreiro, Maria Monforte, de quem tem dois filhos – um menino e uma menina. Mas a esposa após conhecer Tancredo, um príncipe italiano que Pedro alvejara acidentalmente enquanto caçava, acabaria por o abandonar para fugir com o Napolitano, levando consigo a filha, de quem nunca mais se soube o paradeiro. O filho – Carlos da Maia – viria a ser entregue aos cuidados do avô, após o suicídio de Pedro da Maia, devido ao desgosto da fuga da mulher que tanto amava.
Carlos passa a infância com o avô, recebendo uma educação rígida. Principalmente direcionada à educação e só depois à religião. Forma-se depois, em Medicina, em Coimbra. Carlos regressa a Lisboa, ao Ramalhete, após a formatura, onde se vai rodear de alguns amigos, como o João da Ega, Alencar, Dâmaso Salcede, Palma de Cavalão, Euzebiozinho, o maestro Cruges, entre outros. Seguindo os hábitos dos que o rodeavam, Carlos envolve-se com a Condessa de Gouvarinho, que depois irá abandonar. Um dia fica deslumbrado ao conhecer Maria Eduarda, que julgava ser mulher do brasileiro Castro Gomes. Carlos segue-a algum tempo sem êxito, mas acaba por conseguir uma aproximação quando é chamado por ela, para visitar, como médico, a sua governanta que adoecera. Começam então os seus encontros com Maria Eduarda, visto que Castro Gomes estava ausente. Carlos chega mesmo a comprar uma casa onde instala a amante.
Castro Gomes descobre o sucedido e procura Carlos, dizendo que Maria Eduarda não era sua mulher, mas sim sua amante e que, portanto, podia ficar com ela.
Entretanto, chega de Paris um emigrante, que diz ter conhecido a mãe de Maria Eduarda e que a procura para lhe entregar um cofre desta que, segundo ela lhe dissera, continha documentos que identificariam e garantiriam para a filha uma boa herança. Essa mulher era Maria Monforte – a mãe de Maria Eduarda era, portanto, também a mães de Carlos. Os amantes eram irmãos.
Contudo, Carlos não aceita este facto e mantém abertamente, a relação – incestuosa – com a irmã, sem que esta saiba que são irmãos. Afonso da Maia, o velho avô, ao descobrir que Carlos, mesmo sabendo que Maria Eduarda é sua irmã, continua com a relação, morre de desgosto.
Ao tomar conhecimento, Maria Eduarda, agora rica, parte para o estrangeiro; e Carlos, para se distrair, vai correr o mundo.
O romance termina com o regresso de Carlos a Lisboa, passados 10 anos, e o seu reencontro com Portugal e com Ega, que lhe diz: - "Falhámos a vida, menino!".