quinta-feira, 26 de novembro de 2020

 

Exposição de trabalhos, no decurso da última semana de novembro, das turmas E e F, do 12º ano e D, do 10º ano, no âmbito de Cidadania e Desenvolvimento, tendo em conta o domínio trabalhado de Educação Ambiental, em parceria com o projecto Eco – escolas e biblioteca escolar.

Uma ecologia ensiNADA será como Dante ou uma ecologia discipliNADA será como Dante … trabalhos que falam por si, basta apenas usufruí-los, lendo-os, percecionando-os, refletindo-os  e, talvez, pensando-os!















Cantiga de Amigo

Despertai-vos, amigo, já agora

 

Despertai-vos, amigo, já agora

Sou Gaia que pelas plantas irei falar

Contente ainda estou. 

Despertai-vos, amigo, já agora

Sou Gaia que pelas plantas irei cantar

Contente ainda estou. 

Sou Gaia que pelas plantas irei falar

Alegres e saudáveis andavam

Contente ainda estou. 

Sou Gaia que pelas plantas irei cantar

Alegres e saudáveis andavam

Contente ainda estou. 

Sou Gaia que pelas plantas irei cantar

Alegres e saudáveis cantavam

Contente ainda estou. 

Alegres e saudáveis andavam

Mas o homem ganancioso com elas acabou

Contente já não estou. 

Alegres e saudáveis cantavam

Mas o homem ganancioso com elas acabou

Contente já não estou.

Mas o homem com elas acabou

Por isso, os animais se afastaram

Contente já não estou. 

Mas o homem ambicioso com elas acabou

E, por isso, Gaia em outra jornada se aventurou.

Contente já estou.

 

Laura Machado, 10º D

Rebeca Santos, 10º D

Sara Santos, 10º D

Natacha Soares, 10º D


Poema sobre o Ambiente 

A verdadeira essência algarvia

A alma da nossa população

O problema que temos todavia,

É o de não saber lhe dar atenção

Aquilo que o meu antepassado via

Vai desaparecendo mais e mais a cada geração.

O propósito do nosso viver,

E nós, a razão do seu desaparecer …

 

O sobreiro de antiguidade se manteve

E tudo o que aqui se passou pode contar

Foi esta a sorte que teve,

Mas o que parece é … que não vai durar.

O que com o tempo reteve,

E que ninguém se parece importar.

A gritar por ajuda

E à espera de algo que nunca mais muda.

 

Em Monchique está o carvalho

Aquele que foi posto de parte.

Aquele que agora dá grande trabalho,

Aquele que nós desejávamos que fosse para marte.

Este é um caminho sem atalho

E a destruição de uma verdadeira arte.

À espera duma razão para poder sorrir,

À espera duma razão para não partir.

 

A spartina do Chile veio

E as plantas autóctones ela quer matar

Com ela, veio o receio,

Mas só para aqueles que escolhem se importar.

 

Impedir o crescimento das nativas é o seu recreio,

Um recreio com cada vez mais destas a brincar.

Dos nossos, ninguém quer saber,

Nem que implique o seu morrer.

 

O fim de uma era,

Uma que mais tempo devia durar

Algo garantido que passou a incerteza

E que agora não tem volta a dar!

O homicídio da verdadeira realeza,

O regicídio da Natureza, difícil de aguentar.

Em tudo, um genocídio,

Em nada, um suicídio.

 

Afonso Mota, 10º D

Carolina Silva, 10º D

Fernanda Bodi, 10º D

Raíssa Parente, 10º D


As coordenadoras de Cidadania e Desenvolvimento

Inês Aguiar

Isabel Marçalo









































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