segunda-feira, 2 de outubro de 2017


in: http://cfq.absolutamente.net/c_6.html

Resultado de imagem para zero absoluto
https://www.google.pt/search?q=zero+absoluto&dcr=0&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi2iMrxlNLWAhVFF8AKHcAJBXkQ_AUICigB&biw=1280&bih=893#imgrc=CwR7hIeU0u8k-M:

Curiosidades - Revista Horizon
Determinação do Zero Absoluto
Filipe Matos (Escola Secundária Vergílio Ferreira)Representante português nas olimpíadas internacionais da Física e da Astronomia
Pelo menos desde o século XVII que se pensa sobre a menor temperatura possível. Classicamente, pode-se definir a temperatura como uma medida da energia cinética das partículas. Assim, o zero absoluto atinge-se quando todas se encontram em repouso (Ec = 0) e, se as partículas estão em repouso, não colidem com as fronteiras do sistema. Por outras palavras, a pressão (P) é nula e o volume (V) que ocupam muito pequeno. Usando estas condições, pode-se determinar experimentalmente o zero absoluto.
Para se estudar P(T) deve-se manter o volume constante e para V(T) a pressão. Construindo um gráfico P-T ou V-T, nota-se que as grandezas são proporcionais e pode-se determinar o zero absoluto extrapolando para P=0 ou V=0. Seguem-se duas experiências que podem ser realizadas em casa utilizando material comum.
A: Pelo método P-T, pode-se usar uma lata de refrigerante virada ao contrário, contendo ar no seu interior, com o orifício isolado e entradas para o termómetro e uma palhinha, colocada em forma de U. Regista-se a altura inicial da água na palhinha, correspondente à pressão à temperatura ambiente. De seguida, diminui-se a temperatura colocando gelo em volta da lata, registando a altura da água. Depois aumenta-se lentamente T e procede-se à medição da altura da água, p.e. a cada 10 ºC. Através das alturas, calculam-se os valores da pressão, usando P2=P1+?gh, e faz-se um gráfico P-T extrapolando-o para determinar o zero absoluto.
B: No método V-T pode-se usar uma palhinha como recipiente, isolando um dos extremos com plasticina. Para variar a temperatura, usa-se água com gelo e água a ferver, para determinar o volume com T= 0 ºC e T=100 ºC. Ao aquecer, coloca-se a palhinha na vertical, com a plasticina no interior da panela com água em ebulição (100 ºC). A pressão mantém-se constante e igual à pressão atmosférica devido à extremidade aberta. O volume que o ar ocupa a esta temperatura é a diferença entre o da palhinha e o da plasticina. Ao passar para o recipiente com água e gelo, vira-se a palhinha 180º para ficar na vertical com a plasticina para cima. Como o ar quente é menos denso, desloca-se para o topo e fica preso. Com a diminuição de T, o volume de ar também diminui e a água é forçada a entrar para manter a pressão. Determina-se assim o volume a 0 ºC medindo o volume de água que entrou e fazendo a diferença com o anterior. Com estes valores constrói-se o gráfico V-T e determina-se o zero absoluto.
Usando o método B, fizeram-se 13 ensaios com palhinhas diferentes, obtendo os dados mostrados no gráfico.
Extrapolando a reta para V(T0)=0, obtém-se então T0 = -290±45 ºC, o que inclui o valor real (-273.15 ºC).

Ambos os métodos permitem chegar a resultados exactos, cabe ao leitor escolher o que mais lhe agrada. Boas experiências.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Berta Isla - Javier Marías

Evocação do dia internacional dos Direitos Humanos

Evocação do dia internacional dos Direitos Humanos Na sequência de outras sessões de cinema promovidas pela equipa da biblioteca, no dia 16 ...