As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Poema do dia
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Berta Isla - Javier Marías
Isabel Bita (Uma casa Portuguesa)
CANTANDO A MULTICULTURALIDADE Hoje, 21 de maio, no Dia Mundial da Diversidade Cultural e em representação de Portugal (e da Biblioteca ESLA)...

-
in: https://flipboard.com/@rededebibli7k1a/artigos-tveoven9y/ant-nio-novoa-minha-escola-ideal-a-escola-onde-se-entra-pela-biblioteca/a-X6Ru...
Sem comentários:
Enviar um comentário